quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Sonhar

Na tentativa louca de manter-te junto a mim, dei minha mão. Enquanto andávamos, nem percebia que a estrada era o meio.
Caminho  incerto  eu sabia. Porém parecia que era logo ali...e enfim tu serias meu, e eu somente tua!!!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Larva

E, quando penso que livrei-me das algemas, eu não as vejo...mas estão ali.
E quando penso que esqueci. 
Voce está ali.
Vivo como um vulcão, apenas adormecido.
Explodindo do fundo de mim, de mim !!!

domingo, 25 de dezembro de 2011

Doente da alma

Quão doente está teu espirito, pensava a enfermeira contratada temporáriamente por aquele homem público, doente de todas as formas, que a mente pode ser atingida. Pelo engano, pelo roubo, desacato, pela traição  cara a cara.
Ele desaguava justamente para ela todas dores do passado. Dos choros incontidos, segredos, perdas. Tinha sido logrado, ludibriado pelo amor de uma mulher... da sua.
Mas, pobre enfermeira de corpo e alma, durante o dia ele tratava-a como se um fantasma ela fosse. 
Mas, a noite era somente sobre o corpo dela, que sentia-se novamente um homem.
Ela envolvida, notara tardiamente, e neste dia ela também partiu.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Na pele de carneiro....

Avançado era o estado de desânimo, cansaço, tristeza daquela genitora. Por longos anos, dou-se da forma como sabia, optou por ficar só, criando seus rebentos, no estrondo isolado de sua grandes provas. 
Sem familia, sem estória, ousada a criatura chegara com exito formar seus filhotes. 
Pseudos carneiros, lobos!!! 
Sem sinal de senilidade, pelo contrário sua aparência, era o  avesso, do que sua tragicomica vida lhe oferecera. 
Os  carneiros tornaram-se lobos, vorazes.  
 Agora estava ela ali, sentada com uma semi dor mental, sangrando por dentro, sentindo a força do desamor.
Decidira, após tantos anos, deixar que os lobos já experientes, sagazes, seguissem a trilha sózinhos. Acostumados, cada um no seu estilo  a rosnar, morder,  não percerberam, a soberania do ser medroso que os amou. 
Naquela noite, ela seria a tirana, até sumir na mata.  Agora ela sabia como lidar, com desamor, aprendera  tarde, a Lei da Manipulação. 
Sua alma estava morta, enquanto mãe. Este era o maior castigo do lobos montanhesses, teriam que buscar por sua sobrevivência, e conviver. 
Depois, lá adiante... bem no futuro, com suas consciências.
O pai dos lobos uivava na noite de lua cheia...vivera sempre usando o mesmo som, feito o riso da hiena!!!

Toda vez

Era calor, não lembro bem o dia, ele apareceu do nada. 
Mentira. 
Eu lembro bem cada detalhe, o sorriso, o modo como se deslocava, a forma como me olhou, fiquei  enjaulada naquele minuto. Disfarcei, sorri, eu sorri, eu até tentei ir embora. Porém sem esforço fui laçada, eu mesmo me levei até o maldito cativeiro.
Seus negros olhos profundos, eram torpes.
Não, eram encantadores e mentirosos, seus lábios docéis. E toda vez que me buscava, eu ia... 

Vício

Na mala, foram meus vestidos, meus sapatos, meus lenços coloridos, levei revistas, fotografias envelhecidas, um perfume seco, levei a mentira, escondi no canto esquerdo  bem abaixo do casaco de lã. Escondi a tua fotografia, entre uma parte e outra. Rumo ao meu delírio cruel levei o vídeo, onde poderia enlouquecer te ouvindo e vendo tua imagem,  para sempre. Mas, estaria segura lá, a cada gemido de dor, a enfermeira me traria, um ou dois comprimidos, dormiria até o outro dia... e novamente, eu refaria, tudo exatamente igual. 
Doença terrível esta, pensou a paciente da cama ao lado!!!  

domingo, 18 de dezembro de 2011

Por ali

Eu ia andando por ali, era bem o que queria trilhar, mesmo com   tórrido calor, vendo ás víceras dilacerar aquela linha.
Fiz do sonho, uma  meta para o alvo, vieram os pesadelos , a sede muda, ás vezes gritada, porém nem sempre ouvida. 
Depois então, mas bem depois o entender.
Os caminhos são muitos, e há tantos, a alma livre vê clareza, a intuição é o chão, a persistência  sem dor, dá colorido. E pela cor a gente se vê, amarelo, vermelho azul,  marfim, cinza, preto, branco ,verde, rosa pinck, laranja, azul... 
Inundados de leveza, podendo recomeçar, do marco zero. 
Sempre há tempo!!!   

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Teimosa

Não estou chorando não. 
É, uma gota teimosa que se esconde nos cantos dos olhos meus , toda vez  que me agito, ou me calo, ouvindo  aquela musica horrível, daquele cara de voz rouca, eu nem lembro o nome. 
Isso tem tratamento,  vou resolver depois, e se esta maldita gota insistir, acho melhor eu dormir, amanhã talvez ela não caia...

Bloco de neve

Entre o bloco gelado, do teu olhar imparcial, abriu-se a fenda...eu não sou iglu, mas, sobrevivo e vivo, neste teu mundo absurdo. Me alimento com o que posso, durmo e me aqueço, ás vezes caço,  outras sou caçado... mas vivo, não tenho jaula de ouro, a faxina eu mesmo faço.

Criador

Eu vi a lua, a sua beleza obscura, suas secretas aberturas, no solo que pisei, na retina gravou-se o mundo, ri, andei chorei, cantei. 
Pude ver a cor distinta, o azul do oceano, o verde da mata  delineando o planeta azul. 
Que exuberância, é a obra divina. 
Que Artifície é esse, que doa tamanha obra prima!!!

Eu quero

Eu ás vezes quero, a solidão sem dor, mas enseguida quero colo, assim não dá. Ou bem me embalo na rede, impulsionada pelos meus próprios pés, ou aconchego meu corpo há um novo corpo, e escrevo uma nova estória.
O amor é ping pong, jogo bom, de velocidade e atenção.

Para ti Z...

Tanto tempo estive parado, nas minhas divagações. Que hoje quero soltar velhos nós, quase abertos...não consigo. Acostumei !!!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Hoje não...

Chuva, logo agora!
Não vês que não é a melhor hora.
A dor ainda não cala. 
Escolhestes esta noite, para dar-me o bote.
Que força é essa rastejante ? Farejas minha fraqueza, sentes meu medo.
Mas, vai um aviso, eu recuso o que sinto, já tenho forças para isso. 
Mesmo que na mata, eu que te procure, o tempo se tornou  esparçado. 
E, a cada vez, que te escuto, enquanto dói... me fortalece!!!

Onde então?

Eu me rasgo toda, me viro, reviro. Me faço quieta...
E, como um castigo, o espelho atrae, o mesmo.
Se eu for para Marte ou Saturno o mesmo sempre virá, ás vezes penso que tenho um imã, para atrair os iguais!!!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Tortura

Épocas difíceis eram aquelas. Tempo de guerra, de sangue e fome, o mal entrava pela janela. Os filhos gritavam os nomes de seus pais, delatores inocentes, entregavam   os pobres coitados, esquerdistas defensores da pátria, para soldados cruéis ,liderados pelo  louco assassino, pseudo rei do mundo.

Vou bem,obrigado

É, fui sim , viajar dentro de mim. Já não suportava mais viver cada momento esperando um olhar atento, um sorriso sem graça, um afago, feito caricia no felino do qual a gente nem gosta.
Teu olhar não era fiel, gosto mais de ver os olhos amarelos da Pantera, pelo menos sei bem o que me espera. 
Ah, a viagem vai indo bem obrigado. Já não faço questão de estar ao teu lado, tua cama sempre foi fria, tua casa vazia, mistérios no ar.

Conflito

Tênue a linha, que desafia a  entender a obsessão. 
Tão complexo  se torna, que a mente se enrosca no feixe de sentimentos confusos, fecha a grade, faz doer, desaprender, fica místico. O ser parece obtuso,preso na redoma, vai minguando até morrer.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Boca

Agora  minha boca, já não tem mais tua marca. 
Outra boca colada na minha, libertou-me do teu julgo. Sem ser imposto, mas era posto, era somente teu o calor dos meus lábios. 
Eras dono  de cada parte de mim. 
Tu não és mais meu. Mas, também não sou mais tua.
Encontrei a saída do labirinto...

O tempo todo

Quero falar-te, mas não te ofendas.  O tempo todo desde que te descobri, não foi bom como  pensantes. 
Eram segundos de prazer, e entre uma respiração e outra, a noção total do erro que eu cometia estando ali, perto das tuas mãos. Por vezes, enquanto dormias, tinha eu uma vontade extrema, de vestir a roupa e voar dali.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Meus ídolos viajaram...

E, vou assistindo sem querer, meus ídolos transpor a ponte. Ídolos da minha adolescência, do meu agora, E, vão se indo, formando fila, atendendo o chamado. Vão compondo seus talentos, no novo lar. E lá irão continuar á cantar, tocar, dançar, nadar, correr, saltar, lutar, jogar, atuar,curar,pregar,brincar,pintar,dirigir, fotografar,noticiar, iluminar, desfilar, criar.E, eu impotente continuo aqui!!!

Noite

Começara o som leve, do doce sax, no fundo o piano do velho musico, desenhando a vida dos inocentes frequentadores do antigo pub. Um misto de arrepio e sei lá o que,percorreu a espinha da jovem negra, e ao som das notas, soltou o corpo de forma leve...  cadenciando,   dançou solitária, com o se flutuasse!!!

Te vi

E quando te vi, tinha algo diferente no ar, não sei bem o que....mas juro, que quando te vi algo  sútil, escondido no ar, naquele lugar, bem na cara do sol apareceu!!!

sábado, 3 de dezembro de 2011

Manhã

Quando senti o cheiro das flores da laranjeira, entrando tão cedinho da manhã, espriguicei. Abri a janela colada junto a cama. 
Visão  doce foi ver as flores tão pequenas, exalando tanto amor. Voei em segundos, a lugares secretos meus, enfeitei todo lugar. 
Estava escuro, fétido,nebuloso, das dores  engolidas no silêncio!!!

És tu...

Sim, eu tenho pressa.
Quem é agora que   vai me julgar? 
Por ventura és tu? Que vendo  passar o tempo, não corres junto mesmo podendo? Repetindo a versão diária, te contentando com migalhas de afeto, que nem ao menos te tornam feliz por  segundos...

Absoluta

E, daí? Digo sempre a mesma coisa, e volto a me trair. Eu mesma, me enlaço nesta corda invisível, deito em tua cama e fico plena, vendo tua cara de satisfação, teu dominante avança. 
Mas, engraçado desta vez tive vontade de sair, não por saber  de uma flor, mas por certeza absoluta, que ali passa um jardim. Levei dentro da iris, a imagem do que sem querer eu vi !!!

domingo, 27 de novembro de 2011

Lábios Carmin

A cara  daquela mulher. Aquele tipo vulgar, passava a língua nos lábios carmin,com seus dedos sujos de  sorvete, dado a ela como troca pelos seus serviços prestados, ao cara que lavava rápido a calçada, jateando a sujeira da noite anterior.  Sorria feliz, o infeliz pela trepada rápida. 
O homem pagara á ela, o que a pobre infeliz pedira.
Quero refrescar a língua... e pôs a rir. Levantando a saia grudada do seu corpo, ele já entumecido, com suas mãos fortes, enconsta na parede a criatura, e em segundos, jateou-a toda. 
Fechando o ziper, do macacao manchado, contínuou a lavar a sujeira da calçada... da noite anterior!!!

Vigília

A mente...
Que incrível  compartimento de  poder absoluto sobre atos reais.
Trabalha incansavelmente, não tira férias, não folga, não atende a pedidos, nem sequer dorme , produz o que quer, quando bem deseja, sonha acordada... em vigilia total. Mesmo quando desligada, dizem que fica no universo fragmentada, com a estória de cada um.

Colidir

Ser como se é, não é difícil. Irritante é querer alterar a rota, evitando as mesmas colisões, na repetição contínua e inocente dos mesmos erros. Pior ainda, é achar-se tolo, exposto feito carne no açougue...vitrine de mortos!!!

sábado, 26 de novembro de 2011

Sem fim

Quando   eu achava que acertava, eu errava. 
Agora eu já sei que vou errar, e mesmo antevendo, entro  no caminho. Sabendo que a curva, não tarda a chegar, a velocidade do que sinto, não resiste ao freio. Que a porta  vai abrir e cairei. Ficarei jogada na estrada, mas não estraçalhada. Há sangue jorrando sim, lágrimas queimando sim, impotência sim. 
Porém, como me conheço, violarei muitas vezes as placas de alerta do meu coração, até a minha morte. Sou assim, entre desajeitada e impulsiva, extremamente intensa.
Não me tranco, e tenho a chave de mim. 
Com licença..agora eu vou chorar!!!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

To

To na estrada, to na luta, to na rua, to na chuva, to na canseira. To na batalha, to quase parando, to louco. 
To amando.To jogado.
To sem saco, to meio perdido, to na dúvida.To sem clima, To doente da alma,to sózinho.
To vivo, to aqui. To rindo!!!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Rei

O cavalheiro real, exigia bons tratos, na sua avaliação, parca. Quantos aos outros, exigia que não fosse  amoestado. 
Não ousassem fazer perguntas. 
O rei certo dia cansou, pois nem mesmo ele, carregava em si tamanha soberba!!!

Troca

A mulher tristemente ouviu o que ela não queria, servira aquele homem somente nas noites frias.
No escurecer...
Era então nestas noites, que loucos de desejo, sugavam-se como vampiros,  havia carinho. 
Porém, vinha o amanhecer, ele já era outro homem, e ela sem querer: o silêncio. 
Ela ardia de paixão, ele com sua armadura, a dispensava até um outro dia.
E foram   muitas noites. Ela era a sua vagabunda, sua vadia, sua confidente, mas não suficiente á ele.
E de repente a surpresa, da qual ela já esperava. 
 Um novo ou velho alguém, instalou-se nos dias e nas noites daquele homem.
Ela desmoronou!!!
Era uma questão matemática... previsível.

Solitario

 A solidão fez a tempo seu trabalho.
E, nada preenche por muito tempo, seja com quem for!!! Ou a gente é deixado...ou agente deixa! Tudo volta, mas tudo também vai!  É como aquele jogo de dados,você sacode o dado entre as mãos, pensa forte, e lança...cada vez é um risco!!!

domingo, 20 de novembro de 2011

Gemido

Cala-te. 
Ouves meu  gemido?  Não vais ouvir uma só vez o meu grito. 
O amanhã já  vai chegar. 
E,  da-me um prazer orgasmico, saber a falta que isso te fará!!!

Violando

Os meninos corriam felizes,na  sua inocência osbcura, era dia de domingo, no internato construido exatamente para meninos como eles. Por um burocrata escroto. 
Eles aprendiam a violar regras,  seu psicologico não importava. Por não haver regulamento, ele o burocrata, continuava ditando normas criadas a seu favor. Daquele grupo, formou-se uma legião de demonios  violadores ...

Nada

Cada vez que penso que conheço alguém, e que as tombadas me fizeram espertas. Dou conta, do pouco ou do quase nada que adiantou. 
Ao invés da matemática, continuo na filosofia!!!

sábado, 19 de novembro de 2011

Flor

A flor, atirada ao rio, andou pelas trilhas de pedras claras,e antes que rio desembocasse no oceano, uma mão retirou-a do percurso sem volta!!!

Encanto

E, quando perto de ti estou, penso rápido, Não me deixo fisgar, pelos teus encantos. Só me entrego quando quero, quando a alma e o corpo falam. E, vejo-te explodir de desejo. 
Eu também sei atuar. 
Teu espelho, é teu olhar, não me fixo. Mesmo que sintas que te amo. Minhas atitudes são contrárias....tua certeza, é quase nula!!!

Quero

 E, quero  assim um milagre, algo que venha rápido feito cometa, que se remeta em mim... espalhando por todos os lados, faíscas vivas de amores loucos, que me arrisco a provar...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Tórrido

Clareou cedo naquele dia. 
A luz  do sol ofuscava os olhos.
No deserto, sem água, o viajante, peregrino errante, saciava a sede,bebendo no lago água...água. Visão perturbarda pelo tórrido sol,  que seu delírio criara.

Vento

Calvaguei num potro negro e arredio, me levou á paragens novas. Corria sem medo, o vento  batia na minha cara, o vento da liberdade. Mantinha as rédeas leves. Eu sabia que não cairia...

Lúcida

Ando lúcida, é  bem próvavel que esteja louca. Este não é meu estado normal!!!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Desejo

 O farol do carro clareia, na noite a silhueta de dois corpos marcados de desejos intensos, na beira mar. Noite, lua, eu e tu,  paixão, loucura, risos, misto de cumplicidade, beijo na boca, desenfreado desejo. Suspiros, palavras desconexas...exaustão.Entrelace de mãos, devassa sensação  de prazer!!!

domingo, 13 de novembro de 2011

Vida...

Era um dia festa festivo, exaustos os trabalhadores corriam de um lado para outro, na seleta colheita de flores. Enquanto uma parte da cidade, ornamentava com flores a  sua entrada. Flores de todos tamanhos, formas, cheiros,cores, sutilezas. 

Flores altivas e de cor única, flores medianas hastes quase frágeis de petálas azuladas, flores rastejantes pequenas muticoloridas, flores de bordas intrínsecas   com petalas geometricamente perfeitas,  flores que brotavam uma vez ao ano, seu tempo de vida 24 horas, nascia do lodo. Flores que emergiam do lago naquele dia mágico de sol, no horário das 10 horas daquela manhã, as mulheres apostos esperavam sorridentes, e quando elas emergiam, gritavam felizes umas ás outras: há uma aqui,  e aqui mais uma, olha lá outra, e rindo desenhavam esse quadro  de amor, sem mistérios, espontâneo. Isso era feito há décadas, desde a visita de um homem estranho, que na  chegada, só ouvira reclamações. Fez  ver , durante sua estada de 365 dias, o valor da terra, o valor da vida, a beleza que cada coisa possue, o valor da união, a importância de se ver mais longe de onde  os olhos possam ir...
Importa-se   na valorização do que  se tem, no empréstimo de atos aos que não podem alcançar, nem com os olhos, nem com a alma. E, quanto aqueles que neste dia estavam doentes, suas casas eram ornamentadas, pelas crianças com doces sorrisos.  Existia gosto de Esperança no ar.
Profusão da vida, sob a dor.
Em resumo a mensagem do estranho visitante, era o espelho que reflete cada um de nós.Vemos o que somos, mas tudo é mutável, basta agente querer começar a reescrever!!!  

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Momento de parar

Se te enches de coragem para expor tuas mágoas   diante de tua máquina  de escrever, usa agora a mesma destreza, e deixa sem pular, na vã tentativa de alcançar  a pluma, que voa para longe. 
Lá, onde ninguém, por agora talvez possa alcançar. 
Disse confiante, o jardineiro do lugar.
Aquieta teu anseio, tua árvore contínua plantada ainda no mesmo lugar.O vento é variável, é como o destino, sobre o qual nunca se sabe. 
Tudo na lógica, por vezes  não tem lógica. 
Observador, o bom ouvinte escritor, baixou sua cabeça, e contínuou a escrever, seu trabalho rotineiro!!!
 

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Rema...

Te perdes, em delírios. Quanto mais rema perdido não notas que o mapa é velho. O mar te leva mansamente, á paragens, de paranóia e dispersão. O circo aplaude, porém está em terra firme!!!

sábado, 5 de novembro de 2011

Narciso

 Há tantos Narcisos  por aí, que se amam de tal forma. Sem perceber que serão engolidos pelo tempo, pela rugas do corpo e da alma. Serão sugados pela sua total vulnerabilidade, disfarçada  na esquisitice, da sua prepotência na crença de uma beleza dúbia. 
Não há ninguém, á sua altura.... o espelho-lago, via nele a sua própria beleza. 
Se foi o belo, e onde houve a morte, nasceram flores...
Cuidar das palavras, das atitudes no campo do afeto sinaliza inteligência!!!

Improvável...

O choque entre os carros fora inevitável.  
O motorista A, entrara em faixa errada desde o incio da corrida, guiava sem se importar.Enquanto o motorista B, já sabedor, que a curva era perigosa, apostou na educação improvável, de quem não tinha habilidade em manter o veículo sobre controle. Quando refeito B, silenciou : porque A, já tinha  um histórico de dor, faltara as aulas, importantes, como a de sinalização. 
Não sabia o que era  Stop,ou Respeite a faixa da esquerda, da direita. 
Olhe Antes de ultrapassar... ou seja se for amargo não dirija, voce pode matar. 
Mas, tinha habilitação...um carro foi demolido, o outro continuará por aí, sem saber, sem aprender nada!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Coragem

A coragem leva tempo para chegar!!!

Boato

Já fazia tempo, que eu não sabia direito, o que era sentir gestos de ternura. Eu até confundia um Bom dia. Memoráveis momentos, a casa guardava segredos. Voce uma caixa com tampa envidraçada, tão fácil de quebrar . Logo surge o boato!!! O abatedouro é ali...

Prova

As paginas viram, sempre há uma nova estória há ser escrita. A matemática é exata. Como já disse nunca fui boa nesta materia, porém nunca zerei a prova. Já não me engano mais, sempre que somo acerto.
A equação me torna mais lenta, juntando grão com grão...

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Entre Deus e o Diabo

Era um lugar distante, onde camponeses inocentes, passaram suas gerações . No centro do vilarejo, se pode-se dizer, que existia centro num lugar tão pequeno, havia a capela, de uma simplicidade quase chorosa, era visitada  diariamente, pela moça-menina, que adentrava pela porta da frente , aliás a única maneira cruzar a soleira. 
Seus passos eram lentos,silenciosos.
O jovem padre com o coração disparado, fazia o sinal da cruz, mas era tentado pelo diabo. 
Ela deslizava docemente e parava, quase aos pés da cruz.
Ele percebia a presença da jovem ruiva,  abria os olhos, interrompia suas orações, suas mão tremiam segurando forte o crucifixo, cravando em suas mãos, num ato de castigo, sua mão sangrava. Ele como sempre, da posição de oração erguia-se, e em segundos, suas costas eram para a cruz, seus olhos a tentação.
Frente a frente, eles se olhavam, eram minutos de devoção, o silêncio tinha som, os batimentos do coração de ambos, poderiam ser ouvidos a retumbar por toda as paredes, era sempre assim.. 
O silêncio. 
Mas ela logo após fazia o caminho de volta, lenta , silenciosamente.
Ele naquele dia, dera um passo, dois, três, já podia sentir a respiração  dela. Mudos deram as mãos, seus lábios suavemente tocaram-se, mas tão leve era aquele beijo, que neste segundo eles souberam que o amor, estava ali. 
Ela saí correndo, lágrimas, descem daquela rosto inocente. Na manhã seguinte, o velho carro do jovem padre tinha partido. Sua noite, um turvelhinho, entre Deus e o diabo. No primeiro banco da paróquia, uma carta escrita por ele, destinava-se  ao povo do vilarejo dizia: 
Parti por amor... 

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Assim

No meio da minha loucura, faço real o irreal.  Tudo muda, se transforma, se contorce. Só não distorça minhas palavras neste gesto desvairado, de mostrar meio assustada, que as mudanças são fato. 
Há ternura no que falo, sutileza no teclado, nas escolhas das letras, formando a frase certa, exprimindo o que sinto, feito bailarina danço contrária a musica, mas afirmo que inovo, já não aprovo o que não gosto. Eu escrevo o incio, falseio no meio, arranco aplausos no fim. Azar eu sou assim!!!




 

Canto

Do hangar, a cotia prostada cantava, para o amor.   Ficara ali por horas, nem notara, que um pássaro  de cores variadas, num canto do hangar a observava encantado. 

Roda vida

Intrigado, pensativo,  ele mal acreditava que o tempo passava e tudo parecia que continuava igual.
A mesma rotina!!!
A cada novo dia , em sua mente ativa as mesmas perguntas internas. 
Isolado em si, criava seu mundo com imagens do pretérito, sonhador  empinava pipas, que levam ao alto, seus pedidos angustiados do amago da  alma sofrida,calejada, chorosa e por momentos tão fria.
Disfarçava para vida alegria que não tinha. Sorriso largo, olhar inquietante.
Esperava o grande milagre, a hora da virada, vira  vida, roda gira ,vira....
Acrobata da vida.

domingo, 30 de outubro de 2011

Guerreiro

Muralha da china, muralha da alma, muralha.
Guerreiro sem arma, caminha sedento no deserto do seu peito. 
Sem guerra certeira, aciona a bazuca, sem alvo... atira a esmo.
Acertando o nada!!!

Moça

Correndo faceira a moça trigueira, não se dá conta, que não saí do lugar. 
Ela corre em circulos, percorre o mesmo caminho, semeando semente em terra árida...lá não nasce roseral.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Julgamento

Desceram apressados, não olharam para trás, nem sequer notaram, que estavam sendo rastreados, pelos homens mal humorados,desengonçados desse pequeno lugar.
Pararam ali, naquela estrada de chão batido, terra vermelha, arbustos semi queimados pelo calor do lugar.
O motor soltava fumaça, aos solavancos enconstaram o carro na beira da estrada. 
Era quase noite, o casal sorria inocente. 
A juventude, tem um modo de ver a sorte ou a morte com certo desprezo ou desdém. Não existia nem sequer uma brisa fina, somente um vilão, uma garrafa de Whisky quente, dois jovens sorridentes, queimados pela paixão. 
Deitaram, entre a pouca grama e a terra,    seus corpos, e suas bocas, misturam beijos lambuzados,  salivados pelo gosto do whisky, e do prazer. 
Mas, os maus homens,homens mal amados, cavaleiros da pseudo justiça dos infelizes, sem entender a poesia, atiraram  enciumados, diante a cena, daqueles corpos cansados que adormeceram, sob o prazer do amor. Morte aos sacanas, morte a vadia, na nossa cidade, não há lugar para podridão. Aos berros gritava o tal cara, o polícial doente, disfarçando, o volume contundente entre suas pernas,volume que  suas calças denunciavam, diante da primeira visão. 
Visão do amor.
Desengonçados, os desajustados cavaram um buraco, enterrando, não só os corpos, mas a vida, da qual eles nunca teriam, nunca teriam!!!

Soltos

Que corda é essa que não rebenta, nos sustenta. Que corda é essa que nos prende, ata e desata quando quer? Que corda é essa que nos mantêm junto, quando a maré rebenta, chicoteando a alma. 
Que corda é essa prazeirosa, que nos faz, amigos confidentes e amantes!!!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Tratados

Revirei as gavetas, já era hora. 
Botei para fora, o que não mais servia, não doía. 
Aproveitei a chuva fina. 
Dei folga para emoção, vou reescrever  minha estória, com novas sensações. Me despeço das regras, não as crio, também não aceito imposição. 
E, o amor surge assim, sem tratados...

Noite

Noite a dentro, embalo suave, doce visão, tempo menino brincando me faz, esperar o destino sem olhar mais para trás. E, me vou assim faceiro. me dando por inteiro ao carinho da noite, que promete sútil um tempo melhor!!

Gira

Imperioso  saber esperar, jogo de corpo, dança fugaz, um passo a frente, dois acolá. 
Gira, faz que vai, entrega a dama, e torna a pegar. Faz a vida leve, dançar mais perto, ponta do pé, planta no chão, cabeça ao vento, estampa o riso. A alegria volta de manso, te dando sossego, o gosto do recomeçar.

domingo, 23 de outubro de 2011

Penso

Penso em mudar o rumo, que pensamento louco.
Não saio da trilha, com medo de me perder.
Nem vejo a rosa dos ventos,  não sei se alterou o tempo.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Para voce R

Entre aqui e lá, ás vezes via-me só, queria mudar tudo, renovar.
Resolvi então, meter a cara na estrada, levei tudo na mala, levei também o que eu não vi.
Fiz amigos novos, parecia uma vida mais ativa, até pensei que amava mais. Mas, passando o tempo, fui ficando estranho, fui remexer a mala, tinha um frio estranho dentro dela. É, que sem perceber, eu levei a saudade do que eu era, dos amigos que tinha, da cidade que vivi. Resolvi voltar.  
Paixões imediatas sempre trazem risco...

Dupla face

O amor bipolar é limbo, dói a descontinuidade de sentimento, machuca em duo.
Dupla face, amor e ira , empolgação permeia, burla a certeza  do momento seguinte.
 Sem vínculos , amor bipolar é limbo!!!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Figura

Que faz uma carência, disse a jovem enternecida,  quando viu a figura inusitada, do gato e  do cao, dormindo entrelaçado numa noite de verão!!!

Sonha

Sonha anda, não para de imaginar, cria imagens coloridas.
Mas, vai andando devagarinho falta pouco para chegar.
Vai mudando o presente, para não bater lá na frente, com a realidade nem sempre coerente.

Permissão

Toda vez que penso, que abortei a missão. Algo surge,emerge de forma brusca, penetra sem permissão.Vira de ponta cabeça, lá se vai o conceito do fim...reaparece como sempre estivesse estado ali. Eu digo que prefiro as exatas.
 

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Fria guerra

Sempre fui assim arredia, porque vou mudar? Tenho um humor estranho, mudo o pensamento a cada instante, mas nunca deixo de fazer o que acho importante. 
A guerra é fria, é só minha. 
Vou caminhando nunca paro,  no curso de meus atos,  deixo  marca,  isso é fato. 
Busco respostas em tudo. 
O olho é de águia, o voar é constante....

Há um poço dentro de mim, não tem perigo para os outros só para mim, a tampa fica entreaberta....

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Nada é igual

O velho chinês perguntou, vendo o jovem rapaz sentado a beira do rio.
Que fazes aí parado, cabisbaixo?
Nem notas o sol, os peixes que nadam graciosos de par em par, tão perto de você.
Se esticares a mão, você os tocaria, vês o quanto a água esta cristalina?
O jovem de olhar de triste, responde num tom amargurado: até eles seguem unidos, minha amada me deixou,  nunca mais eu encontrei alguém, que me fizesse ver o sol...e eu aqui tão só.
O velho chinês: tentastes muitas vezes eu sei, mas a cada nova jovem do vilarejo que você conhecia, seu coração fechado, tristonho, amargurado, rotulava. 
  Dê a você a chance de ver o sol novamente,porém com novo angulo. 
O rio corre pelas pedras, altera o curso, formas diferentes, novas paragens, não compare...tente. 
Há beleza em tudo... somente tente....

Concedido

Nas tantas concessões que fiz, quem fez para mim?
Ah,  pergunta irritante que martela minha mente. Da resposta eu sei, quase ninguém.
Mas, vou fazendo contrariado, para não ficar de vez pirado. 
Vou fazendo essa mescla  na mente. E, assim quem sabe de repente, seja concedido  o benefício de ser feliz. 
Sem ter base em algum artigo, que determine como devo agir. E, esta falta malvada, que minha alma sente, seja de vez contaminada pelo antídoto do verdadeiro amor!!!

Cansa,chora

E, a gente se pega assim, olhando longe, para o nada, querendo o tudo, e só o nada.
E, tenta, cansa, chora, e tenta, cansa, e para. 
E outro dia nasce, e tenta. 
E vem o medo.
O tempo, tic tac do relógio, rola na cama, lado e outro. Dorme, acorda...e a gente se pega assim, meio ferido, meio perdido. E os dias vão gelando as emoções  negando. 
A vida contínua,  observando distante.(AAita)

Estranho.....

Mania que agente tem de pensar demais. 
O inverno vai, e o verão vem.
Rompe dentro algo estranho, sentimentos confusos,cárcere de emoções.
Tempo que divide a bipolaridade, do  saber o querer!!!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Meretriz

Ao som horripilante  dos gritos, daqueles
homens feios, desdentados,  bebâdos, e fétidos.

A meretriz corria, ladeira abaixo, contornando a feira, não sabia, porque tão de repente aqueles loucos á expulsaram da taverna.
Tivera por horas ali, divertindo os animalescos, sofucando á ânsia louca, cada vez que aquelas mãos nojentas, tocavam seu corpo, suas bocas horríveis buscavam á sua. 
O nojo a fez vomitar na mesa, onde o mais sujo deles, bebia um whisky, destilado com certeza, no meio da baderna. O maior deles, o atrevido, gritou alto aos outros , corram daqui com esta meretriz, e soltando gargalhadas doentias, corriam para bater na pobre mulher. 
Na primeira esquina ela dobra, atira-se ao rio que corria por ali, na tentaviva de fugir. 
Rio profundo,escuro, sorveu com absoluta rápidez, a pobre criatura...(AA)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Sofisma

Atravessa a ponte sem sofisma, do outro lado te aguarda
a verdade, a soma do resultado da procura.Leva a corda, a água mata a sede da alegria.
Te inunda na aventura, é tua vez de ser feliz.

Nascer

O som magico do choro da chegada.
A bola, os carrinhos muiticoloridos,as bonecas de todos tipos. os lacinhos nos cabelos ralos, grudados pelo sabonete,o boné que mal se segura na cabeça. O cheiro gostoso do banho, o primeiro dente. As risadas, o choro que  precupa, a curisosidade das mãos minúsculas.
No decorrer a primeira palavra, as perguntas que fazem refletir. Os sons estranhos que acalentam, a presença FORTE do ser mais frágil... a criança
Mágica criação, do ser Divino!!!

JM

Outra vez tua boca culposa, invade a minha, me vira do avesso, e te desnudo também. Outra vez, nossos corpos quentes, tremulam, ao toque das nossas mãos. Não há respiração lenta. Há beijos loucos, palavras fortes, sorrissos, segredos, há silêncio, mãos que se apertam. Desejo, paixão!!!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Tu

E, da fuga, fez a presença, quando fujo,  sou diluida no ar, como um manuscrito antigo!
Eu vou te amando e disfarçando, penso que te firo, com minha ausência.
Que tola, voce não percebe. Eu sempre retorno, ao ponto da partida. Teu nome está na ponta da minha língua, me alegro ao som de tua voz. Teu sorriso... me faz parar no tempo!
E, sei que tudo isso, acaba quando tu te vai. Só fica a marca no muscúlo chamado coração, mas doí esta paixão.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Nado

Pescador afoito, se atira a nado, para salvar seu barco,descuidado, nem sequer nota, que bem ao seu lado, o jacaré boquiaberto não esperava a boa refeição.
Desavisado!!! 

Circulo

 Saio do circulo fechado, da convicção absurda, pois assim, é possivel viver. Libertar-se de conceitos, me soam com o som do sino, anunciando, o fim o ou inicio.
Isso sim é ser livre, livre... 


sábado, 8 de outubro de 2011

Serpente

Mansa, cruel, teimosa, pacífica, eu sou tudo neste misto.
Cordial, inacessível, burra,louca, amante, esquerdista,amontoadas de muitas, eu sou.
Me perco quase sempre, me acho na velocidade que despenco...
Eu grito e me arrisco. 
Mesmo assim, mantenho perto de mim meus amigos. Espelhos ás vezes de mim.
Creio que sou eu quem busca, estou alerta.
Olho sempre pela fresta da porta já não sou pega distraída.
Mas, tu sorrateiro, entrou de repente, eu não trouxe a flauta, eu te encantaria serpente, te manteria preso, com prazer louco, o mesmo que promoves em mim.
Ah, teus beijos obscenos e doces, tua palavras, estórias mentirosas que finjo acreditar. 
Ah, que deleite, quando te vejo, frágil, desarmado, deitado ao meu lado,o mais  lindo sorriso que já vi.
Anjo em forma de gente, maldita serpente me encantou!!! 

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Ver

Acomodou-se ele frente ao espelho, já pronto para o espetáculo. Seus olhos bem desenhados, texto assimilado...mente vazia.
Da plateia só queria, deslumbrar a visão angelical do seu amor.
Pobre palhaço!!!

Eu estranha

Tempos outros, que eu vivi, havia mais permanência no meu humor, mais consciência. Mais tempo!!!
É parece que eu tinha mais tempo.
O ar sopra forte nos tempos de hoje, preenche veloz meus pulmões, acelera o metabolismo, diz que degenera o corpo que veste  esta alma.
Mas, eu nem sei se acredito. Me canso,  já não corro tão rápido. Mas, meus sonhos e meus olhos, ainda vivem do ar que animou a minha linda infância.
Há rugas...onde a pele era de seda, mas danço ao embalo do rock o do Jazz, vejo o colorido das estações, estou inserida na primavera, curto  o antigo e o novo.
Sou como sou, estranha. Não me importo. Eu vivo!!!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

De mim

De repente minha mente esvaziou, creio que fui dar uma volta dentro de mim, o caminho deve ser silencioso, mas não temo, não deve haver labirinto, não sinto medo.
Amanhã, eu volto. Talvez com mais conhecimento, deste percurso sinuoso, recheado de surpresas.
É que eu ainda não sei muito de mim!!!

domingo, 2 de outubro de 2011

Fuga

Me desarmei, quando te vi.
Teu sorriso era luz, tua voz vibrava, teu corpo em movimento era puro encanto. Voce me olhou, teu olhar negro, e profundo, foi convite para o amor.
Mas, o destino escrevia sem que eu visse, que quanto mais eu me perdia em voce, mais voce se ia...
Tive que traçar um plano, meio desajeitado, para te esconder  no fundo de mim.(AA)

sábado, 1 de outubro de 2011

Triângulo

Já estava acostumada nas progressões aritméticas relacionadas com o amor, nos cálculos especiais que criei para o resultado exato, que não consigo acreditar, como pude errar na periódica, prejudicando a razão.
Na vã tentativa, de não chorar em metros, pois me nego ao triângulo.
Me incomoda, o inexato, a inconstância, a variável.
O gosto salino, da lágrima tola que arde minha cara de cera , fazendo um vulcão na minha alma, por um erro incomun. 
Que desatenta!!!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Agora

Começo agora á deixar para trás, tudo que me incomoda,  e me  faz mal. O ontem já é passado, o futuro eu nem sei.
Viver o presente  no meu ritmo, da maneira que gosto, da forma que me agrada, sem mentiras.
Insana? Não.
Simples? Sim.
Para que remoer o que  não dá.
Hoje foi meu ultimo ato pensando no outro. Amar a si mesmo é dever, não um ato de egoísmo!!!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Brisa boa

Brisa boa essa que assola minha cidade, sol gostoso pode rir a vontade.
Ah, mas que saudade eu estava de ti.
Eu até já planejei,os meus amores,remontei os meus sonhos , uma quebra cabeças floral com tinha que ser, sendo o Ibisco, o ponto central.
Andei rindo feito louca, para meninas que passavam, usando seus vestidos, um pouco mais atrevido, num bonito salto alto. 
Voltei correndo em casa, larguei sobre a cama o bom jeans, me fiz vestida com tal, e saí. 
Fui brincar de ser feliz....brisa boa essa que assola minha cidade.

Lado

Dobro á esquina, mudo rumo, mas dou sempre de cara com algo que refresca minha memória de ti. Insalubre como poço essa água que eu bebo, vinda deste apego que por culpa só minha,  eu fiz de ti.
Ora bolas, mudo o disco da vitrola... já curto este vinil.
Mas os tempos são outros, cada um cuida do seu, lado que preenche lado, num verdadeiro tapa buracos de vázios!!!(AA)

sábado, 24 de setembro de 2011

Lugar

Das ruelas antigas, o som do jazz se espalhara, a voz potente do cantor do velho pub, estremecia os copos sob as mesas. A fumaça do cigarros, eram confundidas como efeito especial. O barman, um velho garçon imigrante, servia também de segurança do velho lugar. A musica de embalo gostoso, levava casais apaixonados,  na criação de alguns passos...  ao som do esplendido trompete !!!

Menino

Vi um menino sózinho, sem saber para onde ir.Virtuoso aguardava um caminho. Talvez levado na mala da alma de alguém, pudesse o menino/homen, ser um pouco feliz.
Vivia perguntando a Deus, afinal o que queres de mim?

Extremo

Não há extremos, nem sul nem norte, que fará mudar meu pensamento. Não há encanto,nem mágia, digo não a astrologia, o destino eu mesmo faço. 
Vou te deixando devagarinho, assim de mansinho, fujo de ti.
Vou tocar minha sinfonia, numa outra freguesia, mais assídua que tu. 

invade

A noite caiu, e devassa atravessa a madrugada, remexendo desejos meus. Percorre no corpo um arrepio, a boca emudecida,  saliva lembrando o beijo seu.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Semelhanças

O elefante não esquece, o macaco tem humor, a aranha faz a teia, a cobra dá o bote, o Jaquar corre rápido, a girafa tudo vê. O cachorro é fiel, o gato dengoso, a ave voa rápido...

olha

Não olha só para teu umbigo, olha o meu, ele também esta aqui....

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Estação

E, assim enquanto aguardo, a primavera se firmar,as borboletas metamorfoseadas, fazem a dança do nascer. Eu fico sentada, de olhos encantados, e nesses momentos, de rara beleza. 
Entendo a transformação!!!

domingo, 18 de setembro de 2011

Cor de mar

Do susto do olhar cor de mar, alegria que pensara  tão longe estar.
Do acaso não duvido mais. Por enquanto, vamos ao tempo, nem demais, nem de menos, isso te prometo. Mas, assim devarinho, vamos falando mansinho. Te tenho na retina.
Gerbera sempre foi uma flor linda, é assim mesmo uma só !!!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Feitos

Sou capaz de grandes feitos, destemperados ou equilibrados, só preciso ser cutucada, e com perdão da má palavra, a luta ganha é sempre minha ...aceito desafios.
Se é bom para mim? Bom isso é querer exigir demais.
já perdi, fui nocauteada, levantei e estou aqui.
Adversários nem sempre, respeitam as regras, competir poderia ser saudável,amigável, quiça unir, venceria os dois.
E, lá vem o golpe, meio para baixo, agente nem vê. Por sorte, a gente aprende a movimentação correta, para o futuro é claro. Que chato.

Andar

Sou selvagem de natureza,  dorso firme,  palavra única, resultado da caminhada. Aprendi a ida e a volta, fui marcando a estrada, de modo a não tropeçar, saber voltar quando quiser sem perguntar. A estrada bifurcada não me confunde demais.

Perto de mim

Não me fales em fraqueza, não agora.
Segue em quietude meus passos, constroi comigo, usa mais cimento que areia.
Não chores, não lamentes, deixa eu vou na frente.
Mas, de uma coisa eu preciso de teu amor, do teu carinho.
Me abrace se mal estiveres, não fales fique assim.

Eu agora

Tem algo em mim tão estranho. Eu agora cálculo a vida, somo e divido muito bem, equacionar tornou-se fácil, improvável,  não obter um resultado exato. 
Droga, eu nunca fui muito boa em matemática na escola.

Centro

A melhor parte de mim, fica assim á vista, pode surgir um vento forte, e jogar para lado norte, ou para sul, leste, oeste. Vento louco, nunca leva para centro.

Contramão

Entre som e a multidão, o silêncio!
Um vácuo sem graça bem na contramão, desvinculava de vez, a  tentativa voraz  de sentir o  colorido ritmado, feito o pulsar do coração.
Vida em movimento, ele ainda  sorria, não percebia que o maxilar não ia, musculo preso, sustentado pelo desprezo, que marcava sua tendencia de não ver!!!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Espreita

A caça inverte o papel...ela tenta o caçador, hábil se esconde, na espreita, embora temerosa, faz pulsar corações...

Partida

Me afogo em desejos, toda vez que te vejo, morbido prazer que me atrai, pois logo depois, me deixa só...a pensar em voce.
Hoje trouxe tua lápide, escrevi nela a  frase que todo dia voce me diz: Vivo morto de amor por voce.
 É,tão primário  teu gesto, que quando falas, já estás abrindo a porta, indo embora.
Coloquei na parede de meu quarto, feito um quadro emuldurado, para não deixar de lembrar, a dor pontual da tua partida!!!

Mulher

Eu ás vezes me percebo, nas comparações de outrora. Vejo como faço diferente, o traçado indecente deste meu lado mulher. Mas, eu gosto, nem sempre repito os mesmos atos, nem falo com doçura, nem me torno transgressora.
Eu apenas me ponho para fora, eu não sou  uma, sou muitas em mim.
Tentar entender para que? Se sou feliz assim.

Abre a porta

Porque não me respondes se sei que estás aí? Debruçado no ostracismo de sempre, lendo livros, embora sempre ausente. Tua mente desocupada nem assim se preenche.
Que prisão é essa, rude, turvelhinho de emoções confusas, nada muda esta cara carrancuda, este corpo tão pesado.
Vê,  te trouxe um café bem passado, percebe o aroma, relaxa a alma, desencana. Vive querido, vive. Para que fazer tantas perguntas para á vida. Não há respostas, apenas vive.
Deixa que eu te leve, a andar pelo mar, descalça teus pés,eu tenho a chave das correntes, que pode libertar um pouco tua cabeça, oca, louca. Deixa que eu entre, deixa que eu entre....

Para não doer

Que atrevimento o meu, ousei  te dizer não, jorrando palavras sem sentido, fazendo-te crer que a minha prioridade era algo superior a ti.
E, tu tolo de sempre, acreditavas sem contestar.
Para nao doer mais, aparei  arestas, bebendo da fonte do teu toque suave. 
Enquanto dedilhava com um desdém inexistente, o teclado   me olhava. 
A cada pancada que meus dedos batiam o alfabeto ali aberto aceitava. 
Boquiaberto   concordavas. 
Mas, tu  nao vias, meu rosto alterado, minha boca sangrava pela força  com que meus dentes mordiam meus lábios, para impedir, de vomitar a palavra amor!!!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Boneca

Menina travessa, corre a rua, pernas finas, olhar de boneca.Cabelo macio, menina sapeca.Corre atrás da bola, sorriso bonito, vestido florido, chinelo  cor de  rosa, nos pés pequenos....pureza de anjo,retrata a linda manhã de sol!!!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Dias

Tem dias, que acordo assim, pelo avesso, vejo tudo como espelho de circo. tudo tão distorcido. Mas, qual é a realidade? A do espelho? Fico presa na parte do certo, do redondo, de tudo que a sociedade impoe,daquilo que eu não sou, Então eu sofro, mas sofro muito.
Como sou o avesso, reviro meu pensamento e me salvo de mim. A desculpa é sempre a mesma, estou cansada ...é isso.

Andando

Segura dentro do quadrado, ando de um lado ao outro, antes tivesse coragem, de exercitar o cálculo, para acertar em cheio, a forma da saida.

Voar

Num voo rasante, meu coração assustado continuava, na brincadeira perigosa do pássaro do lado. Ele alternava o voo, voava alto como se fosse, sair fora da esfera. Eu, num esforço supremo o alcançava.
Ali, estabilizava a sensação de voar juntos. Em um segundo, ele me olhava e descia vertiginosamente, numa queda livre, e sem pensar eu caia com ele. Um outro pássaro, vendo a dança da morte, juntou suas asas na minha, estabilizando-me a consciência, fez descer-me num lugar seguro.
Pousando, refleti. Nem para cima, nem para baixo, ele não decidiria mais. Eu não o seguiria.
Batendo suas asas fortes, ficou frente a frente comigo, seus olhos de rapina, já não me perturbavam mais.
Silenciosa voei só!!!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Sol

E, o sol chegara de diferente  forma aquela manha, tocara o rosto esqualido e pálido, dando vida aquele ser. Sentada no mesmo banco, fez um sorriso cadaverico,naquele rosto outrora esplendoroso. E, o céu por inteiro rasgou-se em nuvens, que desenhara a palavra amor.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Eu

Eu sou como sou, o tempo me outorga a ser assim, se não agrado, lamento . O passado é pagina virada, cuido do presente, faz tempo que sou livre, me expresso do jeito que é meu, não sei como serei contigo.
Bem eu sou assim. Não faço o que não gosto, digo o que penso, se me tornei egoísta, não sei. Mas, aprendi a me amar mais. Afasto de mim, tudo que não me faz bem, quero deixar á quem passa pelo meu caminho, meu jeito de ser. Levar o melhor de mim, ser simples não é tão difícil assim.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Hoje

Que todas as dores se extinguam, seja criado hoje o dia das flores, que cantem os pássaros de norte a sul. Que as borboletas viagem léguas, que os relógios não assustem,o tempo seja unico. Que a bussola  indique o caminho. 
Vale uma passagem para a felicidade.

Da janela

Tomei por direito,espiar tua janela, ver-te andar quase desnuda, pela sala, pelo quarto como anjo deslizando, meu olhar te segue.
Não me atrevo, quando te vestes, sequer olhar  a delicadeza de tuas mãos vestindo tua meia calça, deslizando como carinho, pelas tuas pernas torneadas. Eu me escondo, fecho olhos e imagino. Tua pureza, que altera todos meus sentidos.
Canalha, grito seco, ecoa dentro de mim. 
Mas, repito a mesma cena, cedinho da manhã, sei todos os gestos, um a um, e sou o único que sente teu perfume, escapando pela janela, ele fica em mim.

Plumas

Vento, ventania, invade a cidade levando plumas brancas, espalhando sobre telhados.
Enfeitando os cabelos...

domingo, 28 de agosto de 2011

Que pensa...

Eu tenho essa mania, só amo o que me entorta, que  me deixa braba.
Que me silencia.
Que muda o riso, que só fica bem quando quer. Que me encanta  com palavras, que pensa que é o rei. Eu tenho essa mania, de gostar do incerto, de ir pelo olhar, mania de acreditar que posso desatar os nós, cair na teia.
Eu? já não choro.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Alforria

O Rio de Janeiro continua lindo, e eu te chamando enquanto caminhava na calçada, não via a hora de tua volta, meu pensamento gritava alto, por vezes eu falava, e pertinho da hora, de teu rosto eu ver, de te abraçar, eu me alegrava tanto.
Corria para o teu canto, e te esperava, e quando a chave girava, meu coraçao descompassava. A porta abria e teu sorriso era a carta de alforria para libertar meu amor. Me enroscava, no teu abraço, beijava suave tua boca. A noite vinha, tu pegavas minha mão, dormiamos assim, quero confessar, que muitas noites eu te olhava enquanto dormias.
Ah, teu beijo de bom dia, teu perfume percorria o quarto, o barulho de teus passos, dirigindo-se até a porta, nova jornada, fui feliz neste curto tempo amor.

Eu não sei

De que forma me vejo? Eu não sei, não tenho muito certo se sou como pareço. Ás vezes nem sequer me reconheço. Sou as avessas dessas mil em mim, sou um conjugado de propostas de um  ser humano,  que nem é bom, nem é mal. Rio sem vontade, viu sou como sou agradável?
Grito e me enraiveço. Não um sou rio manso, nem tampouco o caminho do meio, tenho palavras jogadas para fora, e muitas suprimidas. Ah, mas choro nessa vida, meu humor uma variante, controlo bem o desalmado antes que ele me desnude.
Diz que amor cura, o sonho empurra, porque tempo é logo alí.
 Mas tem dias,  que ouço o barulho do vento, nas árvores, parecem musica, sou capaz  sem sombra de dúvida de correr léguas para alimentar meu irmao, não suporto a injustiça, e grito deixando claro o que penso.... Creio que a febre me  fez delirar. Oh por favor não vá me deixar, Amanhã devo estar melhor!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ela

Sentada na soleira de sua casa,  ela lentamente começara a unir a colcha de retalhos, espalhados aos seus pés, alguns muito coloridos, outros, escuros, neutros,verdes,vermelhos pontilhados,amarelados com flores de haste preta.
Ao pegar sua caixa de costura, foi escrevendo sua vida, unindo  cada retalho, havia todos os risos possíveis, todas  tristezas,todos os nãos, todos os medos,ah alguns amores, e último retalho, era o vermelho pontilhado, sua mão veloz, segura com força a agulha, e como se quisessese acabar bem rápido a tortura, puxou a linha e fez dele a unica flor....
Satisfeita recolheu suas coisas, o sol, daqui a pouco ia se por, e seu amor não tardava a chegar!!!

sábado, 20 de agosto de 2011

Medo

Tenho medo de amar. Sim, eu tenho.
E não venha voce, agora me provocar doces loucuras, e não me beije assim com tamanha suavidade. Não fique olhando firme nos  meus olhos, devastando meu interior. Não me abrace enquanto caminhamos. Nào demonstre esse afeto em público, teu gesto me incomoda. Me assusta.
Como ousas sem promessas, deixar tão claro teu sentimento. Qual tua mágia?
Bem já vou indo vim aqui, para dizer que não quero mais te ver.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Calendário

E quando dei conta de mim, metade de meus cabelos branquearam, a temperança imperava, não tinha mais aquele olhar de criança. Eu, já não ouvia as risadas dos amigos de infância, perdi o tempo.
Tempo que me comeu por inteira, mascarado de maturidade, tapou com suas garras, sem medidas, meus lábios que sorriam feliz com a vida.
Disfarçando o calendário foi tocando a frente,testando minha timidez, me fez ver sem querer, que ousar já não era moda. Troquei os gibis, livros descompromissados, questionário dos namorados, pela agenda estupenda da tal vida equilibrada,adotei a calculadora, correria, aceitaçao, e ainda soquei  com gana, todos os sonhos, amores antigos, decotes indecorosos, fitas coloridas, velhos sapatos de salto agulha, um vidro pela metade, do meu perfume preferido chanel numero 5, já de mode.
Fechei o baú, joguei não sei bem em que gaveta, a chave da liberdade de ser quem sou.
Agora quando olho no espelho, vejo  no fundo dos meus olhos, o fantasma social que me tornei.
Não sou avestruz, digo baixinho, enquanto o chuveiro aguarda, o corpo cansado !!!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Estranho...

Minha boca sopra na tua, a marca dos meus desejos, meu corpo contra o teu, treme todo de emoção, a palavra trava, o olhar invade, coloco em ti toda intensidade, desse sentimento estranho.
Se te escrevo agora, desconsidera...te explico, são frases do momento.
Quem te disse que te amo?




Vem

Mostra-te por inteiro, não vês que somente assim te vejo. Não te escondas,  se sabes o que procuras, porque sempre sobes a mesma rua, com olhar perdido.
Estou na janela como sempre, atrás da mesma grade, prisioneira do teu ato covarde.
 Vem , vem sorrir para mim. Vem tirar-me daqui, olha como voam rápido, os ponteiros do relógio, como bate forte o vento na velha árvore. Pulsa em mim, a vontade louca, de gritar teu nome, para puder  por fim neste tormento.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Mel

Lambuzada de mel, a abelha beijou encantada a outra flor, a de cima enciumada fechou-se em forma de cálice. E todas as outras flores, balançando ao vento  puseram-se a rir.
Entre si prosearam : Nunca vi outra como ela, em três dias, ela caí na terra, morre como todas, tola...tola.

Bilhete

Só para te avisar que amanhã vai fazer sol, quero a melhor de tuas gargalhadas, a melhor piada, quero passear de mãos dadas, brincar de amor.
Não esqueças,leve a máscara, porque já estou acostumada. (AAita)

Linha fria

Vacilavas toda vez que o trem partia, linha fria, fim da linha. Repetindo o ciclo nunca partias, não ficavas...mas também não ias. O tempo correu, a estação fechou, o trilho enferrujou.
Fim da linha!!!

Adeus

E, depois ela partiu levando, o beijo que não deu, o abraço que faltou, Na lápide somente a data, e um pseudonome Maria ...
Tudo na sua vida, foi pura fantasia!!!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Olhar

E, foi na tuas frases bem construidas que me perdi de amor. No teu olhar negro e profundo, bateu rápido  meu coraçao. Da tua boca rasgada pelo sorriso puro, que minha alma frágil ardeu de amor. Teus cabelos, moldura de teu rosto forte, que a vontade de tocar-te se fez voraz. Mas, foi mesmo á tua verdade que fez perder em você.

Frio

No sotão solitário,escuro,mofado, ele escrevia com sofreguidão. Ali, ele falava de suas paixões. Medroso, ice berg de emoçoes,convivia com as baratas, que já nem perto se chegavam. 
Deixara para trás tantos amores, tantos dias de sol, banhos de mar, beijos molhados, sorrisos, afetos, a flor. A velha máquina, mal ajeitada, teclas falhas, negra fita usada e fraca, mal traçava as palavras. A verdade da mente demente,desmesurado  gesto, grito de dor.
A vida passou, a escada quebrou, melhor fora ficar ali, no sotão útero da criação.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O acaso

Amei-te de tal maneira, que quando te vi, quase esqueci de mim.
Tornei-me menina brejeira, criança faceira, me fiz bonita para ti.
E, tudo assim misturado, entre medo e novidades, sempre foi amor.
Mas amor diferenciado.
Eu vivi em ti, e tu viveu em mim, mas o mais lindo dessa vivência, foi ver a cumplicidade mútua de cada gesto, entre  choro e  risos, fomos tocando o resto.
Acertos e desacertos, fez-se linda a caminhada. Não estaremos longe na verdade. Não existe o acaso, frase criada por ti!!!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Delirio

Freia tuas mãos quando percorrer meu corpo, não te dei esse direito de acelerar meu coração, não seja ousado beijando minha boca,soprando teu ar.E, não me olhes, quando sobre meu corpo estiveres.

Menino

  Menino das amoras, passa outra hora, vai dando um jeito  de colher com mais tempo essas amoras.
Fico sempre aqui esperando ver voce passar,quero te namorar!!!

Museu

Dia e noite eles permaneciam assim, um a frente do outro sem esboçar qualquer sentimento,não piscavam, nem sorriam, nem  frio, nem  calor.Não havia nada,
Mas, quando á noite o museu fechava, surgia a mágia, ela tomava forma e ria, ele apaixonado corria, abraçava com calor o corpo de seu amor.

domingo, 31 de julho de 2011

Rato das sombras

O rato atento espionava, sempre nas sombras sutis dos bueiros
Seu faro raramente falhava. Durante o dia dormia, e mesmo assim funcionava o apetite voraz. Enquanto seus amigos do esgoto, desistiam, ele atacava as mesmas presas.Ele então engordava!!!
Mas, venho a tempestade, foi tão forte, que ele rolando tal qual uma bola, apareceu em outro hemisfério.
Mais atento que antes, nas sombras sutis dos bueiros, ele espionava .

Sou

Sou o hoje 
Sou o ontem 
Sou o futuro 
Sou abraço 
Sou aconchego 
Sou intensa 
Sou desamor 
Sou beija-flor 
Sou rosa com espinho
Sou beijo com carinho

Bolinhas

A menina sorridente sopravava bolinhas de sabão...coloridas eram elas, carregavam flores, das mais variadas matizes... rosas, gardênias, orquídeas, girasssois, ibiscos, onze horas, margaridas, flor de lotus, hortências, flor de laranjeira, copos de leite, lírios...calêndulas, bem me quer
Espalharam-se pelo mundo. 

domingo, 24 de julho de 2011

Uma vez

Desta vez ,somente desta vez deixa-me calar sua boca num beijo sincero, numa entrega doce.
Somente desta vez, afaga-me estando presente com tua alma, por vezes tão ausente.
Somente desta vez, diga-me verdades, diga que me ama....
Somente desta vez não troque a musica...não erre meu nome na hora do prazer, Somente desta vez me dê o melhor de ti!!!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Meu Botequim

....o encontro comigo... aconteceu no botequim, o primeiro.
Jamais tinha entrado, num lugar assim, entrei assustada, algumas pessoas me observaram logo na entrada, outras com certeza nem notaram, jogavam cantavam, comiam uns pasteis estranhos , quero dizer, uma forma sem forma, mas sim eram pasteis.
Sentei, em um banco bem no fundo do botequim, um cara ao lado, tocava com destreza uma batucada na mesa, entre a mão com a cerveja,e a outra com seu cigarro, já meio apagado, ria semi desdentado, porque ele sabia, a musica batida era pura alegria, todos no botequim começavam a cantar.
Pensei de cara, amigos de todo dia....
Pedi uma cerveja preta...nunca fui muito de beber, mas confesso, minha boca salivou,bebi uma, duas perdi a conta.
Me percebi sentada na mesa ao lado , já sem o salto alto, batucando na mesa, do cara muito alegre...gente fina eu gritava....fiquei tão á vontade. Entravam pessoas que eu observava, e outras talvez...eu nem sei.O botequim encheu, o dono um cara alto, ele que fazia o tal pastel sem forma, me olhava...lançando um olhar sedutor.
Gostei, ah e como...gostei, nessa noite fiz amigos, ria muito, quando olhei para rua...amanhecera...busquei meus sapatos, paguei a conta, e ainda um tanto ébria, saí feliz daquele lugar. Antes de cruzar a porta, perguntei... Sexta tem mais? Cairão todos na risada, entendi assim logo de cara...simmm....
Voltando para casa, recuperando a razão, que era dura e feia, prometi a mim mesma. Vou voltar na sexta ao botequim!!!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Normandia

Como poderia viver ali, fugira de Mont Saint-Michael, costa da Normandia, pelo medo da extrema  religiosidade....que mantinha longe, quem precisava entrar e orar!
Hoje patrimonio do mundo...outrora medo....

domingo, 17 de julho de 2011

Canoa furada

Existia uma canoa, ao lado do rio, não percebi que era furada...embarquei. Conforme o barco  navegava, muita água entrava, na vontade extrema, de salvar o barco, enchia a mão em concha, e devolvia ao rio...não sabia nadar. 
Mas, sabia boiar...pulei!!!

sábado, 16 de julho de 2011

Verbo

Conjugar o verbo perder por opçâo,é similar a nunca chegar a ser alguém....repetir os mesmos atos.
Assistir os outros irem, embriagando-se do engano. Mais, triste explicava a velha...de narinas inchadas, os jovens ouviam atentos, mas dentre eles, um alheio acenava, olhando atráves da janela, aos que perderam a jornada...juntara-se a eles.
A velha cansada...dirigiu-se a porta da sala, abrindo-a, lhe convidou a sair. Ela desistira...entregou-o a seu pai. O qual sem emoçâo alguma, enquanto sovina...sorria feliz.
Quanta economia...pensava a avarenta criatura!!!

domingo, 10 de julho de 2011

Prazer..

Quanto vale uma paixão,nunca niguém soube, quem vai pesar uma paixao.
Se a dor vai ser maior que o prazer...

De volta...

Um barulho de chuva lá fora. O vento assobiando pelas árvores, e eu sentada nesta poltrona  tão antiga ,observo a noite  escura, a tempestade que se abate. Eu não digo que não tenho medo, porque neste exato momento eu me pego a pensar, viajo á lugares da minha vida, os quais eu preferia esquecer , mas não posso.
Tudo vêm quando... a tempestade vêm. Os carros passam, e eu aqui olhando.
A vidraça parece que chora, porque o vento toca toda água na janela, as gotas correm como choro, como o  choro da minha alma... lá adiante vejo um ponto de luz.
Aqui há tanta escuridão, mal posso enxergar a casa em frente, onde eu vejo a familia  reunida tão tranquila.
É, a tempestade sempre fez isso comigo,  sempre me deixou muito triste.  A tempestadade  faz-me recordar, coisas que eu gostaria de esquecer. A tempestade sempre foi tão escura...tão escura.
Mesmo, que eu ficasse sentada á beira da lareira, mesmo que  não estivesse olhando através desta vidraça,
  mesmo que estivesse numa grande festa rodeada de milhares de pessoas,  eu ainda   estaria assim presa...presa.
Presa nos elos  do passado, na névoa escura, porque a tempestadade me fez assim. Ela mexe comigo, com a minha solidão. Vou abrir esta porta, correr... pegar o primeiro trem, jogar-me dentro do vagão, descer no final da estação.
Vou sair da estrada da vida, vou de volta ao fim, talvez eu encontre o..inicio...o incio.

Nem

Estas nuances na minha mente....
Ferem de morte meu raciocínio, tem momentos que eu penso quente...outros eu nem sinto...

Assim

O dia tem um desenho sem sentido. Apostam numa Mandala. Eu aposto na cor, está cinza, desses cinza... cor de nada. Creio que hoje estou cansada, cansada fico assim, procurando entender o vázio que acontece em mim...mas é só hoje.
É, que hoje estou cansada!!!

Secura

Não me chame ..não vês que estou estou chorando, tirei  folga da secura...presumindo que tudo é mentira, acordei assim. Nào me chames, não tentes me consolar, não diga palavra alguma.
Deixe que eu chore até o outro dia, não  abra as cortinas... Agora saia daqui, devagar por favor, não quero teu sapato fazendo barulho arrastado, não batas a porta.., não me acordes com os acordes....

sábado, 9 de julho de 2011

Não, não, não

Porque ter que calar meu pensamento, para me fazer agradar...não ....não e não! Sou única, não preciso agradar, digo o que sinto, depois eu o escuto...afinal todos sempre falam...mania esta de colher do raso os restos da palavras....

Onde estão as asas?

Sentindo o perigo, ela correu assustada... embora seu pés não movessem um milímetro, o lugar era ali.  O  perigo era levar consigo a verdadeira história, sua vida... a imobilidade. Agora tinha certeza.
Poderia sair dali? Mas para onde? Como se livraria de si? Como acalmaria o balbuciar de milhares de vozes dentro de si? Milhares de perguntas sem respostas, que permaneceram no seu interior. Onde estão as asas? Os anjos possuem.
Sair em saltos? Pegar carona num pensamento alheio?
Ela precisava sair dali. Nem o ar...inércia total. Quis sentar-se,  movimentar-se como que esforço.
Sangrava ódio de si própria, sangrava em si.
Espelho opaco, máquina inútil, agulhas, linhas, botões, costurar a vida.  Retalhos de si,talvez um bom casaco lhe cobriria a vida que correra tão rápida.
Perdeu os sentidos...Ao fundo som de buzinas,vozes, canto, janelas abrindo-se, gente andando, a vida correndo, o cara do jazz o musico do metrô, continuara ali. Prestou-lhe a ultima homenagem, seu chapéu tilintou de moedas. Mas, como sempre...foi andando, para próxima parada!!!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Descorberta

Quando fechei meus olhos...é que realmente vi... assustei-me!!!
Passado o estado de torpor, sorri. Totalmente embriagada na descoberta. Vi cores, estados de humores, vi risos desconexos, frases perdidas, vi a mala vazia, a tenda antiga, o preto e o branco, o oito e oitenta, o sim e o não...

 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Ora chorava...ora ria

 

por Angela Aita, sábado, 2 de julho de 2011 às 22:36
Entoando suas musicas, ela ia vencendo dia a dia, as suas expectativas.
 Ora chorava, ora ria, pois tornou-se como se fora uma louca... o relógio que ficava sobre a mesa, a todo momento sofria um golpe, desses leves. Afinal, um toque mais forte, e o pobre desmontaria.
Já não havia tanta paciência, no seu olhar.
Os ponteiros não andavam...a noite longa tinha mais tempo que o permitido.
Ah, tempo da noite!
E, o dia parecia não andar, a culpa era do relógio.
 Decidiu.
 Deu um pulo, pegou algum dinheiro, atravessou a rua, a loja, a loja ...
entre os corredores, por um ou outro vão, seus olhos percorriam ávidos os relógios, encontrou um enorme ...vermelho, aqueles antigos, o qual dar corda era um ato rápido, era a certeza que o tempo existia...ela precisava de um despertador....Agora!!!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Ar..

 Amar é ar, brisa suave, olhar de cumplicidade, aconchego do colo,sangue pulsando, desejo ardendo, grito, silêncio, amizade. Mentes que se fundem, vozes que se confundem, navio na deriva, bussola de sul a norte. Dedos que se entrelaçam, abraço mais forte, lábios que se tocam...amar é duo!!!!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Voara

Voando...olhando tão adiante a rapina dispersou-se...
Quando deu-se por conta, sobrevoava, um lugar que não era seu, perdida estava!!!

inebriante...

...abelhas fabricam o mel, no centro da flor... passado um minuto, já apressados, os amantes do mel, cobertos de desejo, pelo gosto inebriante,correm como loucos, repetindo o mesmo ciclo. E, de repente a flor, num movimento brusco, abocanha os desavisados apressados, repetindo seu ritual. Então suga, não só o mel, mas toda vida que por ali passa, repetindo centenas vezes, o abrir e o fechar de suas petálas, quase sempre fatais... engolindo feito algoz...(AA)

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Sou

Sou assim, irritável,tenho minhas manias,faço rupturas,choro, abomino mentiras,gente oportunista.
Me horroriza : gente grossa, mentiras com recheio...
Vidro de perfume quase acabando, unha mal pintada.
Governista cego, desmatamento de area verde....ficar longe de amigos....medo de reamar....
 

Ali

.Tem um par de braços abertos ali... tem um sorriso bonito, tem um olhar de promessas, bem na minha frente. 
Eu, enquanto assustada faço que não vejo, meto mil prioridades na lista das importâncias. Na defensiva falo somente o racional. Para todas as perguntas, as repostas ficam no abraço, ou calo com um beijo. Mas, quando olho naqueles olhos negros e profundos. Eu estremeço, por puro medo fujo.
 
 

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Presas...

Caiu a noite, estrelas deixaram-se ver,aves aquietram-se, portas fecharam.Algumas flores dormiram em forma de cálices...um quase silêncio.Menos ali, no coração da floresta,felinos acordam, rastejam as cobras...as presas são fáceis... ali no coraçao da cidade... as presas sucubem!!!(AA)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Mulher....

Acordou-se de um salto só, descalça entrou rápidamente no chuveiro. Ah, aquele sabonete cheiroso, percorreu seu corpo inteiro....água caiu sobre a imensa cabeleira, a qual descia pelas suas costas embelezando a imagem. Tinha pressa, o sol vazava o lugar, num zum pegou a toalha, toques rápidos, toalha felpuda, acariciava o corpo lindo, quase indecente...num segundo começa a vestir-se. O ritual da meia calça, dobrada na beira do pé...ia deslizando do joelho a perna inteira. Secadas do ar quente explido pelo secador, modelava as madeixas....vestiu-se!
Um lápis contornou os negros olhos, profundos... nos lábios um baton cor de boca, lhe dava o ar jovial, correu até o quarto, calçando o imenso salto,fez a dobra no jeans....Antes o perfume,seco...bateu a porta e saiu...esquecera o relógio. Mas, afinal agora já era não se fazia oportuno, o homen bem vestido, no carro esporte, lhe aguardava. Olhando por todos lados, queria que alguém a visse!!! O homen com aquele ar de executivo, não conseguira esconder, a alegria de ver aquele anjo...

domingo, 19 de junho de 2011

Negros dias

Terras distantes, tornozelo marcado , acorrentados, dentes arrancados, principes escravos, fim das alegrias, cuspidas, humilhação, sofridos os negros bradavam, no silêncio obscuro das madrugadas, e  dos dias.
 Olhos que não viam, silêncio dos covardes, riqueza vinda do sangue. Choro dos pequenos.
Negros reis, negras rainhas.
Chicotadas, navios de sangue, singravam os mares.
 E, o silêncio persistia, calava-se a igreja....
Ouro, pedras preciosas, risos e festas demoníacas... a duquesa nas festas loucas, no Brasil, a devassa se divertia. Enquanto abaixo do palácio imundo da injustiça, onde a dita duquesa...cortesã do mal ria....
Negros dias, Negras noites.
 Pobres homens, pobres mulheres. Secular cegueira, se fez a igreja, dobrando o joelho em oração, usando o nome do universo, na tentativa de justificar...o preto no branco.

Éden

Campo de girassóis, que visão linda, didivido por um metro, mais ou menos, lado a lado, hectares de beleza, sacudiam num bailado, soprado pelo vento. Eu caminhava extasiada, diante da beleza. Paralelo do sol, paralelas as linhas, terra e céu, semente, água,nascimento.
Cuidadoso jardineiro.....
Por vezes percebo, em lugares distantes o Éden... traduzido por mim, como recanto da Paz.

sábado, 11 de junho de 2011

Lobo do mar

Num rápido som, emitido pela boca em desepero em pleno mar, o pescador , matreiro, um velho de pele castigada, pelo sol, pelo cansaço, pele marcada, queimada.  A cara do velho pescador,   formara desenhos....vincos definidos, parecia tatuagem,  posso jurar, tinha o formato de um peixe..  sim um peixe espada, a ponta da espada era direcionada, ao canto da  boca, na testa,  linhas sem direções, pareciam ondas do mar, entretanto, perto da linha  dos olhos, em canto. esquerdo ou direito, eu VOS digo... eram estrelas do mar!
O grito dissonante, do desespero, era a visão magestosa da baleia gigante, já tão proxima, ele calou, lentamente por inteiro...escorreu na umidade interna da garganta gigante, que o engolia com respeito, o velho lobo do mar!!!

Ah,o amor

..Queria ela desde sempre o amor, ele entrara em sua vida, saía ....ás vezes na mesma velocidade, em algumas como paixão, aquela de tremer todinha, daquele jeito que bastava uma olhar, e a loucura do desejo ardia. Em outras, das raras, era assim normal.... normal?! Beijo meio sem sal, mãos que se tocam, ,sem ternura,sem desejo, Mãos mudas. Ah, o beijo quando o amor misturava a paixão, as bocas coladas, respiravam no ritmo do coração...o ar emanado de uma boca á outra ía direto para o pulmão. O sangue percorria seu curso tão lépido, como corre o coelho, tão gracioso como a chegada lenta de um beija flor....

terça-feira, 7 de junho de 2011

Elo


A escadaria era velha antiga, alguns degraus nem mais existiam, mas ele tinha descido ali,queria aquela casa. Para ele, para suas loucuras,delírios,amigos dos quais ninguém via..só ele. Naquela manhã, após o café,as mãos brancas que sempre lhe alcançavam tantos comprimidos,brancos...brancos, as dariam pela última vez .Porque seriam brancos, pensou ele, enquanto já estava na porta do primeiro quarto...abriu-a,  um  cheiro de mofo,  uma cama grande madeira grosseira, esquisito pensou, a cama que sempre vejo, quando fecho os olhos, eu sabia que existia. A cama era grande,coberta por lençois brancos. Que mania tem as pessoas de cobrir o que é antigo de branco. Caminhou pelo imenso aposento, abriu a janela, nesse momento um sorriso lhe desenhou o rosto.
A uma árvore,dessas sem flores,parece que choram ,galhos caídos,vergados ,folhas que acompanham, parceiras...árvore que chora,um ambiente igual a ele. Nao precisva ver mais nada. Desceu. No andar térreo, fumando um cigarro estava um homen de aspecto, frio.Disse rápidamente: Fico com a casa.
O homen agiu como já esperasse, abriu a bolsa ,tirou um contrato, deu a ele ,assinou rápido, saiu de seu bolso, muitas notas amassadas,e um envelope, ainda com o timbre do banco.Coisa rápida, nao importava á ele a documentação,nao lhe ocorria nada sobre isso, afinal,ele nem sabia dessas burocracias,o vendedor,dono antigo,estava ali, calmo.Queria mesmo ir embora da clasura,era um pacto sério,
os dois sabiam. Ele na sua loucura,nem sequer cogitava, o outro, também como ele, deseja mudanças!
Então tudo estava como deveria ser....
Passaram-se anos, a casa sofreu alguns reparos, feito por ele,coisas tão simples.Sem vizinhos próximos,seus gritos ecoavam noite a dentro,seus vistantes irreais, lhe cobravam jardins, era um trabalho duro. Rosas, trepadeiras,flores estranhas,sementes que comprava,sem perguntar, quando ia a cidade. Um exótico jardim.
Envelheceu , solitario? Não, com todos seus amigos,sem  ver aquela mão branca,estendendo remédios brancos,num branco hospício!
Foi encontrado, morto, na cara um sorriso,cabelos brancos,tào compridos.....e um jardim sem igual, rosas trepadeiras...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Alugo


Alugo minha boca, por um dia, beijo molhado, beijo de namorado....alugo meu coração em condições temporárias.Enquanto durar o inverno..

Luz


Podem dizer o que quiserem, eu sempre serei mais eu. Já chorei sim, por acreditar que o outro tinha razão...mas contínuo acreditando que cada um tem sua luz....

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Hábito

...ofegante sobe a mestra, entrando na antiga sala de aula, onde casou-se... com o ensinar, desde de sua juventude....
Afoita, se desculpa pelo atraso cometido ,sem jeito e corada justifica-se: isso aconteceu há quase 22 anos atrás... o aluno sorrindo comenta alto....lamento pela senhora....

sábado, 28 de maio de 2011

Meninos ..meninas

Rua larga, avenida única, carros velozes, meninos assustados dirigem.Mãos cerradas ao pequeno volante,pés que aceleram. Mascando chicletes...usam  patchouli....
Meninas lindas, vestidos de bolinhas,curtos, insinuam suas pernas grossas.Cabelos presos num formoso rabo de cavalos, delicadamente presos numa fita em top.Olhos pintados, risco puxando um olhar de gata...atrás desse imaginário.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Eu

Dizer que não me importo em agradar a todos, seria mentira....
não suporto a sensação de me tornar insuportável....

domingo, 22 de maio de 2011

vendo....

Observei ao longo do tempo, que a vida tem uma boca imensa, dentes quase perfeitos...porque ficaram as marcas um tanto irregulares,
Um pouco no fisíco, outro no espirito,e uma parte na hablidade de SER. A boca imensa, tem sua voracidade no sútil....pelo menos comigo !!!(AA)

domingo, 15 de maio de 2011

Feliz

Feliz daquele que tem lembranças, ao invés de triste, ele viveu.
Pior a secura da alma, pelo receio de parecer ridículo...(AA)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Sutil

Tanto á aprender, o tempo não dá pausa,corre enlouquecido, eu corro atrás. Nem sequer eu grito...ele age com sutileza, me leva no vácuo. Mas, aí a beleza de não parar. Comigo correm muitos, os que chegam agora...e os que vieram juntos.
Amante fiel do movimento...o tempo é imparcial.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Olho

Como um raio, saiu da alma um temporal. Olho do furacao, arrebatando lembranças, arrancando raiz...
Desavisada permaneci na trilha, da terra pro alto, do alto pro lado, do lado....profundo.
Fez dano,mudou a sintonia, e sem respeito, o olho do furacao, produzia som, gritei de dor, ele passou, eu passei.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Coragem

...E, há de se ter coragem para fazer grandes mudanças,imobilizar a culpa se algo nao der certo.
Escolhas sempre doem...
Mas há mesmice, que torna as acões repetitivas e incoerentes, adoece e vicia. Isolar o medo, é tarefa de peso...mas é preciso evita a infelicidade, a comunhão do que já não dá....
 

domingo, 1 de maio de 2011

Lembrança de menina

Nos movimentos diários das minhas ações, derepente me vejo deitada, olhando para o teto branco, viajando nos meus tempos de menina, pulando corda, jogando bola, rodando pião, cinco marias, tranças e cachos, enfeitando o cabelo.Meus amigos de infância barulhentos, comendo sonho no recreio, pernas finas, sempre rindo...quando agente era criança a gente ria...ria muito!!!

Insistir

Insistir no sonho, e sempre e sempre. Parar.... só quando desacreditar
...é o que desejo, respiro. Me faz rir, me impulsiona,me deixa brava,me faz suave,me torna curisosa,me faz calar,falar, escrever!!!
* O Silêncio...tem uma linguagem própria,
faz refletir no momento em que ele existe.
É sutil, mas a sua força... altera rotas,
faz chorar e faz rir,aproxima e afasta,
perdoa, e marca...pede um ato!!! *

sábado, 30 de abril de 2011

Deixa

Passa-se a vida ás vezes tentando aqui  e ali... coibir.
É tão difícil, deixa estar então...se não dá deixa assim, a dor diminui!!!

Ébrios

‎...Por vezes andamos como ébrios sem saber mesmo a onde ir, e se estamos ali, como ébrios...pensamos o porquê. Nas duvidas constantes, que a mente sorrateira nos fez agir, na perda do equilibrio sem condiçao de dircernir, optamos por esquecer... ébrios...ébrios...(AA)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Memória

Chegara ele no destino, jogara fora os medos. Cidade pequena, gente calada, ninguém lá lhe perguntara nada. Mas, tinha levado na mala, em cada centímetro daquele quadrado um amontoado do velho passado. Viu chegar o menino, que nem sequer parou, mas seus olhos amendoados, negros e profundos, fez percorrer nele, o medo. Lembrou-lhe que, ele era ainda um menino...
 

Assim...

Tempo apressado, não corras assim.. deixa-me saborear o contorno dos atos, a beleza dos fatos, a alegria de rodopiar perante a notíca esperada. Tempo apressado, não me empurres assim,...não vês que ainda precisa de mim?

terça-feira, 12 de abril de 2011

Eu

Uma nova visão por vezes, toma posse de mim...
Já não sou mais eu que vejo...mas o desejo que mora em mim!!!

domingo, 10 de abril de 2011

Dor

Tanto sofrimento...tanta dor...dores do mundo,dores das perdas de atos insanos,dor da dor da impotência, dor de impedir de voltar o momento anterior. Dores das mães...dores dos seres que transitam na terra de expiação e prova....