quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Julgamento

Desceram apressados, não olharam para trás, nem sequer notaram, que estavam sendo rastreados, pelos homens mal humorados,desengonçados desse pequeno lugar.
Pararam ali, naquela estrada de chão batido, terra vermelha, arbustos semi queimados pelo calor do lugar.
O motor soltava fumaça, aos solavancos enconstaram o carro na beira da estrada. 
Era quase noite, o casal sorria inocente. 
A juventude, tem um modo de ver a sorte ou a morte com certo desprezo ou desdém. Não existia nem sequer uma brisa fina, somente um vilão, uma garrafa de Whisky quente, dois jovens sorridentes, queimados pela paixão. 
Deitaram, entre a pouca grama e a terra,    seus corpos, e suas bocas, misturam beijos lambuzados,  salivados pelo gosto do whisky, e do prazer. 
Mas, os maus homens,homens mal amados, cavaleiros da pseudo justiça dos infelizes, sem entender a poesia, atiraram  enciumados, diante a cena, daqueles corpos cansados que adormeceram, sob o prazer do amor. Morte aos sacanas, morte a vadia, na nossa cidade, não há lugar para podridão. Aos berros gritava o tal cara, o polícial doente, disfarçando, o volume contundente entre suas pernas,volume que  suas calças denunciavam, diante da primeira visão. 
Visão do amor.
Desengonçados, os desajustados cavaram um buraco, enterrando, não só os corpos, mas a vida, da qual eles nunca teriam, nunca teriam!!!

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