sexta-feira, 26 de julho de 2013

Retirei

Remexi nas gavetas, limpei!
Tirei as velhas meias furadas....descartei!
Gavetas mofadas, manchadas, retratrava o inverno, com traçado de inferno...antigo!
Removido mofo, perguntei pelo Sol, que já pairava sobre mim há muito.
 A resposta era de um tempo fechado, nublado, cinza.
 Clima do outro... tempo pesado.
Enquanto leve, dou como terminada  a faxina!!!

terça-feira, 16 de julho de 2013

Corina

A multidão aplaude, quando a cortina abre, e ali esta Corina moça generosa, moça fina.
Dedos longos e treinados, dedilhando o piano... tirando sons encantados.
Ali Corina, moça fina tocava, mergulhada em si.

Caminhada

Andou pela madrugada, sem cansaço, sem nada, andou como um andarilho pecador.
Vielas escuras, luzes nulas, escadas quebradas na ponta da descida da calçada.
 Garrafas vazias fazendo desenho no chão.
 O cara deitado no velho papelão, no chão... no chão.
Pernas cansadas, sem fala, sem nada, sem transpiração.
Quadro escuro!
 Pedra de sabão...  quase me leva para o chão.
Sem sonho, sem medo, devastada  missão.
Acabou a madrugada,  lua semi assanhada indo embora.
Melhor correr.
 O sol com a boca escancarada vomita brilho que cega, preciso correr, deitar na cama e não ver.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Roda Gigante... Trinda!

Faltaram gestos, palavras e presenças.
Ficaram culpas, mágoas e ressentimentos.
Sobrou a dúvida do inquieto amor não consumido.
A cada encontro trazido pelas mãos do acaso, a alegria e o constrangimento
esgueiravam-se à sombra dessas lembranças.
E a vida foi passando, vivida na busca da felicidade dos caminho de cada um.
E como uma roda gigante, a vida deu voltas para voltar ao mesmo lugar.
Voltamos ao ponto de partida ou ruptura, sei lá.
Não somos mais os mesmos estamos diferentes...melhores.
E a vida vai passar, vivida já sem as marcas do que sobrou, faltou ou ficou para trás.
(julho2013)

Curva

Freiou, parou.... pensou e andou.
Na esquina notou  a curva.
 Servia...
 Subiu na lambreta e acelerou.
Já não é o mesmo caminho, a estrada melhorou, não tem pedra com ponta, tem declive natural... 

Laço

Que belo laço de fita, carrega a menina.
Vestido colorido, sapatinho de tira, perna de saracura, pula e agita com intensa  alegria.
 Brinca e ri, sózinha!
O garotinho que joga bola, olha disfarçado... ri do jeito dela , virando o rosto de lado, pra que os amiguinhos não percebam. Que o jogo, fica mais engraçado!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Sem perceber

Nem corda, nem caçamba.
 Nem queijo com marmelada.
Nem pimenta, não apimenta.
Sem rumores, sem palmas, sem conversa fiada.
Afiada...
Sem promessa.
Sem fraqueza, sem choro ou tristeza.
Sem risadas atrolhadas, na graça sem graça da vã pìada.
Sem comparações indevidas, sem adúlterio nesse caso que nem é serio.
Sem deslizes.
Sem calçadas molhadas.
Sem poças de lágrimas.
Somente o lado quente, lado a lado... eu e tu sem passado.
Quem sabe assim...talvez assim ... e só assim.
Sem perceber, renasça flor tímido amor.
Agora... sem dor!

Breve

Corpo quente, suado desnudo e malcriado!
 Pele que não respeita, que arrepia.
 Desloca emoção da lógica para o coração.
Boca que se entrega, ao lábio doce do teu beijo de mel...
Sob teu jugo breve, meu olhar fica preso como abelha no mel.
E, pensar pra que...hoje é domingo!

Como devia de ser?

Enquanto aguardava o tempo limpar lá fora, azeda, dura, triste e frágil, ela  permanecia oscilante. O lado obscuro, burro e doente, usava lente escura. Corda fina que balançava seu peso,  sustentava  o cansaço, bravamente. Pela manhã ela pensava, escondida entre as paredes nude, nuas, do velho e apertado aposento, que estaria livre ao anoitecer...e  a noite chegava mansa, demorada. Ela respirava aliviada...  por pouco tempo.

 Enquanto aguardava o tempo limpar lá fora...

   

quarta-feira, 3 de julho de 2013

O sal

O sal, o sol, a chuva, o vento, o frio.
A tua boca ...ah a tua boca quente, levemente tocando a minha.