quarta-feira, 29 de junho de 2011

Voara

Voando...olhando tão adiante a rapina dispersou-se...
Quando deu-se por conta, sobrevoava, um lugar que não era seu, perdida estava!!!

inebriante...

...abelhas fabricam o mel, no centro da flor... passado um minuto, já apressados, os amantes do mel, cobertos de desejo, pelo gosto inebriante,correm como loucos, repetindo o mesmo ciclo. E, de repente a flor, num movimento brusco, abocanha os desavisados apressados, repetindo seu ritual. Então suga, não só o mel, mas toda vida que por ali passa, repetindo centenas vezes, o abrir e o fechar de suas petálas, quase sempre fatais... engolindo feito algoz...(AA)

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Sou

Sou assim, irritável,tenho minhas manias,faço rupturas,choro, abomino mentiras,gente oportunista.
Me horroriza : gente grossa, mentiras com recheio...
Vidro de perfume quase acabando, unha mal pintada.
Governista cego, desmatamento de area verde....ficar longe de amigos....medo de reamar....
 

Ali

.Tem um par de braços abertos ali... tem um sorriso bonito, tem um olhar de promessas, bem na minha frente. 
Eu, enquanto assustada faço que não vejo, meto mil prioridades na lista das importâncias. Na defensiva falo somente o racional. Para todas as perguntas, as repostas ficam no abraço, ou calo com um beijo. Mas, quando olho naqueles olhos negros e profundos. Eu estremeço, por puro medo fujo.
 
 

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Presas...

Caiu a noite, estrelas deixaram-se ver,aves aquietram-se, portas fecharam.Algumas flores dormiram em forma de cálices...um quase silêncio.Menos ali, no coração da floresta,felinos acordam, rastejam as cobras...as presas são fáceis... ali no coraçao da cidade... as presas sucubem!!!(AA)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Mulher....

Acordou-se de um salto só, descalça entrou rápidamente no chuveiro. Ah, aquele sabonete cheiroso, percorreu seu corpo inteiro....água caiu sobre a imensa cabeleira, a qual descia pelas suas costas embelezando a imagem. Tinha pressa, o sol vazava o lugar, num zum pegou a toalha, toques rápidos, toalha felpuda, acariciava o corpo lindo, quase indecente...num segundo começa a vestir-se. O ritual da meia calça, dobrada na beira do pé...ia deslizando do joelho a perna inteira. Secadas do ar quente explido pelo secador, modelava as madeixas....vestiu-se!
Um lápis contornou os negros olhos, profundos... nos lábios um baton cor de boca, lhe dava o ar jovial, correu até o quarto, calçando o imenso salto,fez a dobra no jeans....Antes o perfume,seco...bateu a porta e saiu...esquecera o relógio. Mas, afinal agora já era não se fazia oportuno, o homen bem vestido, no carro esporte, lhe aguardava. Olhando por todos lados, queria que alguém a visse!!! O homen com aquele ar de executivo, não conseguira esconder, a alegria de ver aquele anjo...

domingo, 19 de junho de 2011

Negros dias

Terras distantes, tornozelo marcado , acorrentados, dentes arrancados, principes escravos, fim das alegrias, cuspidas, humilhação, sofridos os negros bradavam, no silêncio obscuro das madrugadas, e  dos dias.
 Olhos que não viam, silêncio dos covardes, riqueza vinda do sangue. Choro dos pequenos.
Negros reis, negras rainhas.
Chicotadas, navios de sangue, singravam os mares.
 E, o silêncio persistia, calava-se a igreja....
Ouro, pedras preciosas, risos e festas demoníacas... a duquesa nas festas loucas, no Brasil, a devassa se divertia. Enquanto abaixo do palácio imundo da injustiça, onde a dita duquesa...cortesã do mal ria....
Negros dias, Negras noites.
 Pobres homens, pobres mulheres. Secular cegueira, se fez a igreja, dobrando o joelho em oração, usando o nome do universo, na tentativa de justificar...o preto no branco.

Éden

Campo de girassóis, que visão linda, didivido por um metro, mais ou menos, lado a lado, hectares de beleza, sacudiam num bailado, soprado pelo vento. Eu caminhava extasiada, diante da beleza. Paralelo do sol, paralelas as linhas, terra e céu, semente, água,nascimento.
Cuidadoso jardineiro.....
Por vezes percebo, em lugares distantes o Éden... traduzido por mim, como recanto da Paz.

sábado, 11 de junho de 2011

Lobo do mar

Num rápido som, emitido pela boca em desepero em pleno mar, o pescador , matreiro, um velho de pele castigada, pelo sol, pelo cansaço, pele marcada, queimada.  A cara do velho pescador,   formara desenhos....vincos definidos, parecia tatuagem,  posso jurar, tinha o formato de um peixe..  sim um peixe espada, a ponta da espada era direcionada, ao canto da  boca, na testa,  linhas sem direções, pareciam ondas do mar, entretanto, perto da linha  dos olhos, em canto. esquerdo ou direito, eu VOS digo... eram estrelas do mar!
O grito dissonante, do desespero, era a visão magestosa da baleia gigante, já tão proxima, ele calou, lentamente por inteiro...escorreu na umidade interna da garganta gigante, que o engolia com respeito, o velho lobo do mar!!!

Ah,o amor

..Queria ela desde sempre o amor, ele entrara em sua vida, saía ....ás vezes na mesma velocidade, em algumas como paixão, aquela de tremer todinha, daquele jeito que bastava uma olhar, e a loucura do desejo ardia. Em outras, das raras, era assim normal.... normal?! Beijo meio sem sal, mãos que se tocam, ,sem ternura,sem desejo, Mãos mudas. Ah, o beijo quando o amor misturava a paixão, as bocas coladas, respiravam no ritmo do coração...o ar emanado de uma boca á outra ía direto para o pulmão. O sangue percorria seu curso tão lépido, como corre o coelho, tão gracioso como a chegada lenta de um beija flor....

terça-feira, 7 de junho de 2011

Elo


A escadaria era velha antiga, alguns degraus nem mais existiam, mas ele tinha descido ali,queria aquela casa. Para ele, para suas loucuras,delírios,amigos dos quais ninguém via..só ele. Naquela manhã, após o café,as mãos brancas que sempre lhe alcançavam tantos comprimidos,brancos...brancos, as dariam pela última vez .Porque seriam brancos, pensou ele, enquanto já estava na porta do primeiro quarto...abriu-a,  um  cheiro de mofo,  uma cama grande madeira grosseira, esquisito pensou, a cama que sempre vejo, quando fecho os olhos, eu sabia que existia. A cama era grande,coberta por lençois brancos. Que mania tem as pessoas de cobrir o que é antigo de branco. Caminhou pelo imenso aposento, abriu a janela, nesse momento um sorriso lhe desenhou o rosto.
A uma árvore,dessas sem flores,parece que choram ,galhos caídos,vergados ,folhas que acompanham, parceiras...árvore que chora,um ambiente igual a ele. Nao precisva ver mais nada. Desceu. No andar térreo, fumando um cigarro estava um homen de aspecto, frio.Disse rápidamente: Fico com a casa.
O homen agiu como já esperasse, abriu a bolsa ,tirou um contrato, deu a ele ,assinou rápido, saiu de seu bolso, muitas notas amassadas,e um envelope, ainda com o timbre do banco.Coisa rápida, nao importava á ele a documentação,nao lhe ocorria nada sobre isso, afinal,ele nem sabia dessas burocracias,o vendedor,dono antigo,estava ali, calmo.Queria mesmo ir embora da clasura,era um pacto sério,
os dois sabiam. Ele na sua loucura,nem sequer cogitava, o outro, também como ele, deseja mudanças!
Então tudo estava como deveria ser....
Passaram-se anos, a casa sofreu alguns reparos, feito por ele,coisas tão simples.Sem vizinhos próximos,seus gritos ecoavam noite a dentro,seus vistantes irreais, lhe cobravam jardins, era um trabalho duro. Rosas, trepadeiras,flores estranhas,sementes que comprava,sem perguntar, quando ia a cidade. Um exótico jardim.
Envelheceu , solitario? Não, com todos seus amigos,sem  ver aquela mão branca,estendendo remédios brancos,num branco hospício!
Foi encontrado, morto, na cara um sorriso,cabelos brancos,tào compridos.....e um jardim sem igual, rosas trepadeiras...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Alugo


Alugo minha boca, por um dia, beijo molhado, beijo de namorado....alugo meu coração em condições temporárias.Enquanto durar o inverno..

Luz


Podem dizer o que quiserem, eu sempre serei mais eu. Já chorei sim, por acreditar que o outro tinha razão...mas contínuo acreditando que cada um tem sua luz....