quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Sonhar

Na tentativa louca de manter-te junto a mim, dei minha mão. Enquanto andávamos, nem percebia que a estrada era o meio.
Caminho  incerto  eu sabia. Porém parecia que era logo ali...e enfim tu serias meu, e eu somente tua!!!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Larva

E, quando penso que livrei-me das algemas, eu não as vejo...mas estão ali.
E quando penso que esqueci. 
Voce está ali.
Vivo como um vulcão, apenas adormecido.
Explodindo do fundo de mim, de mim !!!

domingo, 25 de dezembro de 2011

Doente da alma

Quão doente está teu espirito, pensava a enfermeira contratada temporáriamente por aquele homem público, doente de todas as formas, que a mente pode ser atingida. Pelo engano, pelo roubo, desacato, pela traição  cara a cara.
Ele desaguava justamente para ela todas dores do passado. Dos choros incontidos, segredos, perdas. Tinha sido logrado, ludibriado pelo amor de uma mulher... da sua.
Mas, pobre enfermeira de corpo e alma, durante o dia ele tratava-a como se um fantasma ela fosse. 
Mas, a noite era somente sobre o corpo dela, que sentia-se novamente um homem.
Ela envolvida, notara tardiamente, e neste dia ela também partiu.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Na pele de carneiro....

Avançado era o estado de desânimo, cansaço, tristeza daquela genitora. Por longos anos, dou-se da forma como sabia, optou por ficar só, criando seus rebentos, no estrondo isolado de sua grandes provas. 
Sem familia, sem estória, ousada a criatura chegara com exito formar seus filhotes. 
Pseudos carneiros, lobos!!! 
Sem sinal de senilidade, pelo contrário sua aparência, era o  avesso, do que sua tragicomica vida lhe oferecera. 
Os  carneiros tornaram-se lobos, vorazes.  
 Agora estava ela ali, sentada com uma semi dor mental, sangrando por dentro, sentindo a força do desamor.
Decidira, após tantos anos, deixar que os lobos já experientes, sagazes, seguissem a trilha sózinhos. Acostumados, cada um no seu estilo  a rosnar, morder,  não percerberam, a soberania do ser medroso que os amou. 
Naquela noite, ela seria a tirana, até sumir na mata.  Agora ela sabia como lidar, com desamor, aprendera  tarde, a Lei da Manipulação. 
Sua alma estava morta, enquanto mãe. Este era o maior castigo do lobos montanhesses, teriam que buscar por sua sobrevivência, e conviver. 
Depois, lá adiante... bem no futuro, com suas consciências.
O pai dos lobos uivava na noite de lua cheia...vivera sempre usando o mesmo som, feito o riso da hiena!!!

Toda vez

Era calor, não lembro bem o dia, ele apareceu do nada. 
Mentira. 
Eu lembro bem cada detalhe, o sorriso, o modo como se deslocava, a forma como me olhou, fiquei  enjaulada naquele minuto. Disfarcei, sorri, eu sorri, eu até tentei ir embora. Porém sem esforço fui laçada, eu mesmo me levei até o maldito cativeiro.
Seus negros olhos profundos, eram torpes.
Não, eram encantadores e mentirosos, seus lábios docéis. E toda vez que me buscava, eu ia... 

Vício

Na mala, foram meus vestidos, meus sapatos, meus lenços coloridos, levei revistas, fotografias envelhecidas, um perfume seco, levei a mentira, escondi no canto esquerdo  bem abaixo do casaco de lã. Escondi a tua fotografia, entre uma parte e outra. Rumo ao meu delírio cruel levei o vídeo, onde poderia enlouquecer te ouvindo e vendo tua imagem,  para sempre. Mas, estaria segura lá, a cada gemido de dor, a enfermeira me traria, um ou dois comprimidos, dormiria até o outro dia... e novamente, eu refaria, tudo exatamente igual. 
Doença terrível esta, pensou a paciente da cama ao lado!!!  

domingo, 18 de dezembro de 2011

Por ali

Eu ia andando por ali, era bem o que queria trilhar, mesmo com   tórrido calor, vendo ás víceras dilacerar aquela linha.
Fiz do sonho, uma  meta para o alvo, vieram os pesadelos , a sede muda, ás vezes gritada, porém nem sempre ouvida. 
Depois então, mas bem depois o entender.
Os caminhos são muitos, e há tantos, a alma livre vê clareza, a intuição é o chão, a persistência  sem dor, dá colorido. E pela cor a gente se vê, amarelo, vermelho azul,  marfim, cinza, preto, branco ,verde, rosa pinck, laranja, azul... 
Inundados de leveza, podendo recomeçar, do marco zero. 
Sempre há tempo!!!   

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Teimosa

Não estou chorando não. 
É, uma gota teimosa que se esconde nos cantos dos olhos meus , toda vez  que me agito, ou me calo, ouvindo  aquela musica horrível, daquele cara de voz rouca, eu nem lembro o nome. 
Isso tem tratamento,  vou resolver depois, e se esta maldita gota insistir, acho melhor eu dormir, amanhã talvez ela não caia...

Bloco de neve

Entre o bloco gelado, do teu olhar imparcial, abriu-se a fenda...eu não sou iglu, mas, sobrevivo e vivo, neste teu mundo absurdo. Me alimento com o que posso, durmo e me aqueço, ás vezes caço,  outras sou caçado... mas vivo, não tenho jaula de ouro, a faxina eu mesmo faço.

Criador

Eu vi a lua, a sua beleza obscura, suas secretas aberturas, no solo que pisei, na retina gravou-se o mundo, ri, andei chorei, cantei. 
Pude ver a cor distinta, o azul do oceano, o verde da mata  delineando o planeta azul. 
Que exuberância, é a obra divina. 
Que Artifície é esse, que doa tamanha obra prima!!!

Eu quero

Eu ás vezes quero, a solidão sem dor, mas enseguida quero colo, assim não dá. Ou bem me embalo na rede, impulsionada pelos meus próprios pés, ou aconchego meu corpo há um novo corpo, e escrevo uma nova estória.
O amor é ping pong, jogo bom, de velocidade e atenção.

Para ti Z...

Tanto tempo estive parado, nas minhas divagações. Que hoje quero soltar velhos nós, quase abertos...não consigo. Acostumei !!!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Hoje não...

Chuva, logo agora!
Não vês que não é a melhor hora.
A dor ainda não cala. 
Escolhestes esta noite, para dar-me o bote.
Que força é essa rastejante ? Farejas minha fraqueza, sentes meu medo.
Mas, vai um aviso, eu recuso o que sinto, já tenho forças para isso. 
Mesmo que na mata, eu que te procure, o tempo se tornou  esparçado. 
E, a cada vez, que te escuto, enquanto dói... me fortalece!!!

Onde então?

Eu me rasgo toda, me viro, reviro. Me faço quieta...
E, como um castigo, o espelho atrae, o mesmo.
Se eu for para Marte ou Saturno o mesmo sempre virá, ás vezes penso que tenho um imã, para atrair os iguais!!!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Tortura

Épocas difíceis eram aquelas. Tempo de guerra, de sangue e fome, o mal entrava pela janela. Os filhos gritavam os nomes de seus pais, delatores inocentes, entregavam   os pobres coitados, esquerdistas defensores da pátria, para soldados cruéis ,liderados pelo  louco assassino, pseudo rei do mundo.

Vou bem,obrigado

É, fui sim , viajar dentro de mim. Já não suportava mais viver cada momento esperando um olhar atento, um sorriso sem graça, um afago, feito caricia no felino do qual a gente nem gosta.
Teu olhar não era fiel, gosto mais de ver os olhos amarelos da Pantera, pelo menos sei bem o que me espera. 
Ah, a viagem vai indo bem obrigado. Já não faço questão de estar ao teu lado, tua cama sempre foi fria, tua casa vazia, mistérios no ar.

Conflito

Tênue a linha, que desafia a  entender a obsessão. 
Tão complexo  se torna, que a mente se enrosca no feixe de sentimentos confusos, fecha a grade, faz doer, desaprender, fica místico. O ser parece obtuso,preso na redoma, vai minguando até morrer.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Boca

Agora  minha boca, já não tem mais tua marca. 
Outra boca colada na minha, libertou-me do teu julgo. Sem ser imposto, mas era posto, era somente teu o calor dos meus lábios. 
Eras dono  de cada parte de mim. 
Tu não és mais meu. Mas, também não sou mais tua.
Encontrei a saída do labirinto...

O tempo todo

Quero falar-te, mas não te ofendas.  O tempo todo desde que te descobri, não foi bom como  pensantes. 
Eram segundos de prazer, e entre uma respiração e outra, a noção total do erro que eu cometia estando ali, perto das tuas mãos. Por vezes, enquanto dormias, tinha eu uma vontade extrema, de vestir a roupa e voar dali.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Meus ídolos viajaram...

E, vou assistindo sem querer, meus ídolos transpor a ponte. Ídolos da minha adolescência, do meu agora, E, vão se indo, formando fila, atendendo o chamado. Vão compondo seus talentos, no novo lar. E lá irão continuar á cantar, tocar, dançar, nadar, correr, saltar, lutar, jogar, atuar,curar,pregar,brincar,pintar,dirigir, fotografar,noticiar, iluminar, desfilar, criar.E, eu impotente continuo aqui!!!

Noite

Começara o som leve, do doce sax, no fundo o piano do velho musico, desenhando a vida dos inocentes frequentadores do antigo pub. Um misto de arrepio e sei lá o que,percorreu a espinha da jovem negra, e ao som das notas, soltou o corpo de forma leve...  cadenciando,   dançou solitária, com o se flutuasse!!!

Te vi

E quando te vi, tinha algo diferente no ar, não sei bem o que....mas juro, que quando te vi algo  sútil, escondido no ar, naquele lugar, bem na cara do sol apareceu!!!

sábado, 3 de dezembro de 2011

Manhã

Quando senti o cheiro das flores da laranjeira, entrando tão cedinho da manhã, espriguicei. Abri a janela colada junto a cama. 
Visão  doce foi ver as flores tão pequenas, exalando tanto amor. Voei em segundos, a lugares secretos meus, enfeitei todo lugar. 
Estava escuro, fétido,nebuloso, das dores  engolidas no silêncio!!!

És tu...

Sim, eu tenho pressa.
Quem é agora que   vai me julgar? 
Por ventura és tu? Que vendo  passar o tempo, não corres junto mesmo podendo? Repetindo a versão diária, te contentando com migalhas de afeto, que nem ao menos te tornam feliz por  segundos...

Absoluta

E, daí? Digo sempre a mesma coisa, e volto a me trair. Eu mesma, me enlaço nesta corda invisível, deito em tua cama e fico plena, vendo tua cara de satisfação, teu dominante avança. 
Mas, engraçado desta vez tive vontade de sair, não por saber  de uma flor, mas por certeza absoluta, que ali passa um jardim. Levei dentro da iris, a imagem do que sem querer eu vi !!!