domingo, 3 de abril de 2016

Tonta

Labirinto do queijo
Nem rato, nem duendes
Mordo minha fatia
Demarco terreno
Vou e volto
Ando meio tonta
Mas, sempre me acho

Sonhos..

Tinha sonhos por todos os lados
Dentro de mim eu tinha todos
Fora de mim os sonhos tomavam forma
Ao acaso se realizavam,  numa construção vagarosa
Eu tinha presa
Os sonhos não!

Aba

Ele deu uma quebrada no chapéu, lustrou o pisante
Ergueu a cabeça e foi disfarçado de amante
Ela prendeu os cabelos, entrou no vestido vermelho
Deixando a visão sensual de seu colo suado
Se fez de dama e gritou:  taxi... taxi
Nas mãos a flor de plastico, passou por ele e acenou
Desceu na mansão escondida, subiu as escadas deixando seu rastro de perfume barato

Frio

Zero grau...
Lareira acessa, aquece a fortaleza que abriga o corpo meu.
Chocolate quente, toca o céu da boca 
Enroscada na coberta, dou uma vacilada... penso em voce. 
Mas, é bem rapidinho, porque logo bebo o vinho, então tomada da leveza que me apraz, fico assim olhando o fogo.
A lenha indo-se aos poucos.
O inverno vem feroz.
Ora, tenho mais o que fazer
Vou consumir linha por linha, pego o livro e vou ler!
(AAita)