quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Consertar


  Eu possuo este dom.
Remenda, ajusta, faz a liga...
Absurdo é pensar como faço!
Não me importa a forma, a cor, a linha, os retalhos vão unindo-se.
Eu aprendi, a lida de não sair assim, deixando buracos na vida.
 Há o outro dia....
Faz muito tempo que é assim!
Acostumei....

Em mim

E, enquanto o dia e a noite, passam e não se vêm.
Eu convivo com os dois em mim....

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Andei

Andei doente, quando pensei que da vida, o premio agora eras Tu.
Andei doente, quando meus olhos traiçoeiros e bobos, sorriam desavergonhados, aceitavam a doce provocação, do teu olhar ainda repleto de brilho.
Andei doente, por  pouco tempo, a razão berrou!
 Eu, não lamento!!!
Por que não imaginava, que estar doente fosse por momentos tão bom.

Na mata


  Lobo que espiona, vestindo a pele de cordeiro, embrenhado na mata...aguarda.
Tão sedenta está do golpe a sedenta criatura,
que nem nota, a ave que passa!
Não vê o Sol, porque vive escondido na floresta densa... na eterna penumbra.

  Só tem em sua mente, o bote fatal....
Olhos atentos, observam o cordeiro/lobo.
Na mira, a girafa tem o controle do lobo...que acena o rabo, vestindo... a pele do cordeiro.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Frágil

Eu pintei a boca, ajustei o vestido, deixei marcado meu corpo, para ver se teus olhos, diziam algo diferente.
Já que minha alma frágil, meus medos, meus desejos internos, estes voce nem nota, anota, dá bola.
 Sei que nem se importa!
Mas, mesmo assim, coração inútil, frenesi de desejo, me deixa presa fácil dos teus caprichos.
E, ás vezes, voce também, nem nota.
Este ano... ahhh este ano eu vou mudar!
Tudo bem, faz tempo que digo isso...só te peço não sopres no meu ouvido estas palavras doces, dizendo meu nome, como se eu fosse unica.
E, por favor não respire ofengante, na hora de amar.

A luz

A música corria solta, pelas ruas daquela vila.
Só faltava a coragem... coragem, é uma dama selvagem.
Ela ficou ali parada, feito poste na calçada com a iluminação daquela cor amarelada.
Sabe amarelada?
Quando a gente vai dirigindo pela estrada, entre um ou mais quilometros, lá ao longe, há sempre uma casa...
lá cima,
ah, tem sempre uma lâmpada acessa, mas que cor triste, esta cor amarelada.
A moça ficou ali parada, e quanto á musica... Coragem dama Selvagem!

Invasiva

Tarde nebulosa, vivia a criatura.
 E, não somente mais um dia, era assim toda a sua vida.
Cinza cor do concreto, aquele que sela os corpos nos vãos, das paredes frias, casas de corpos, esqueletos sem sopro...tszszszszs, se foi o ar da vida.
E, quis então submeter o silêncio absurdo, cerrou  as mãos, esmurrou os muros.
 Rastro de sangue, pelas paredes...cinza.
 Cinza, cor da dor da alma aflita.
A dor só ela sentia, a invadida criatura.
Ouve-se o som, entram no salão, as mesmas  abusivas criaturas.
Posta o sorriso amarelo, encena o contrário.
Tardes nebulosas, vivia sempre a criatura...