Eu sonhei que atravessara a rota 66, eu sonhei com a velha bomba de gasolina, o café, a garçonete bonita, os motéis a beira da estrada. Os homens de cara não muito simpática, os caminhoneiros com seus cabelos sebosos e longos, barbas ruivas e as garotas mais bonitas. As motocicletas, as velhas jaquetas de couro, o jogo de bilhar, e a romantica musica, que rolava ao tilintar da moeda na máquina.
Ah, Rota 66, eu ainda passo lá...
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Chicletes
Saudade do tempo que eu decidia, com total convicção, quem ficava quem partia.
Eu tinha um frescor... eu pensava que quanto mais a vida andava, mas dona de mim eu seria. Eu não sabia que juventude corria assim tão depressa, eu tinha um Gippe, usava saia justa, cilíos postiços, me chamavam de boneca. Mascava chiclete, estava na onda...tempo lindo, Mas, eu não sabia que a juventude corria...
Eu tinha um frescor... eu pensava que quanto mais a vida andava, mas dona de mim eu seria. Eu não sabia que juventude corria assim tão depressa, eu tinha um Gippe, usava saia justa, cilíos postiços, me chamavam de boneca. Mascava chiclete, estava na onda...tempo lindo, Mas, eu não sabia que a juventude corria...
Eu te chamei!!!
Eu te chamei, te ofereci um café, me deixastes assim.
Vestindo tua camisa, posso ouvir o barulho do chuveiro, teu cigarro ainda acesso no cinzeiro, resto de whisky no copo, ao lado de nossa cama. Encosto meus lábios, beijo roubado, beijo de amante. Deslizo meu corpo sobre os lençois, não quero que saia...não quero vá!!!
Vestindo tua camisa, posso ouvir o barulho do chuveiro, teu cigarro ainda acesso no cinzeiro, resto de whisky no copo, ao lado de nossa cama. Encosto meus lábios, beijo roubado, beijo de amante. Deslizo meu corpo sobre os lençois, não quero que saia...não quero vá!!!
Há..
Há algo indivísível dentro de mim.
Minha cadeia de pensamentos.
Celas...
Cela de ausências, de interrogações, de medos, de gritos, de amor.
Eu me prendo em mim, nas divagações que assolam o torvelinho do caminho. Eu não enlouqueço!!!
Minha cadeia de pensamentos.
Celas...
Cela de ausências, de interrogações, de medos, de gritos, de amor.
Eu me prendo em mim, nas divagações que assolam o torvelinho do caminho. Eu não enlouqueço!!!
domingo, 29 de janeiro de 2012
Libertá.....
A mim me agrada a liberdade!!!
Minha alma, não se sujeita á prisões. Estreitas e escuras ruelas não me servem mais.
Não nasci para viver em calabouço, não vivo ás sombras.(AAita)
Minha alma, não se sujeita á prisões. Estreitas e escuras ruelas não me servem mais.
Não nasci para viver em calabouço, não vivo ás sombras.(AAita)
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Vê
Não se engane, eu também sou dócil, só corro veloz, fico feroz. Pela vontades, que agem dentro de mim. Por medo, pela fome, pela necessidade explicíta, que você vê em mim!!!
Estranho....
Que brincadeira é essa? Que tunel estranho. Voce não pará de rir, onde vamos? Quero brincar contigo, faz tanto tempo que te não vejo, estou confusa. Agora á pouco eu estava lendo, cadê meus óculos? Eu nem vi voce entrar. Qual cantiga a gente vai cantar?
Não assim não...
Volta amor, não saí andando assim pela noite escura. Olha como a rua está vazia.
Chove.
Eu te amo. Olha não é isso que voce viu.
Eu somente hoje bebi um pouco a mais. Volta, não me deixa.
Olha para trás.
Volta, amanhã eu não bebo mais, eu não consigo correr!Volta
Chove.
Eu te amo. Olha não é isso que voce viu.
Eu somente hoje bebi um pouco a mais. Volta, não me deixa.
Olha para trás.
Volta, amanhã eu não bebo mais, eu não consigo correr!Volta
A cantora
Na estréia ele não fora.
Ela ficara ansiosa no camarim, a meia luz. Esperava pelas rosas, que ele sempre levava. Durante estas horas sentada na poltrona confortável, afinava a voz, assim meio atirada com aquele lencinho branco nas mãos. Como se a voz tivesse o peso do instrumento, cansada nem levantava. Chegara hora, de soltar a voz maviosa. Na sua entrada, a platéia sonorizava aos aplausos o belo lugar. A cabeça baixa, era erguida somente á frente do microfone de ... metal...este era extensão dela.
Para que rosas, num segundo pensou ela...
Ela ficara ansiosa no camarim, a meia luz. Esperava pelas rosas, que ele sempre levava. Durante estas horas sentada na poltrona confortável, afinava a voz, assim meio atirada com aquele lencinho branco nas mãos. Como se a voz tivesse o peso do instrumento, cansada nem levantava. Chegara hora, de soltar a voz maviosa. Na sua entrada, a platéia sonorizava aos aplausos o belo lugar. A cabeça baixa, era erguida somente á frente do microfone de ... metal...este era extensão dela.
Para que rosas, num segundo pensou ela...
Eu e o espelho
Minha fotografia esta ficando sem cor.
Eu ando fazendo um colorido onde não há. O espelho ingrato reflete impiedoso, o embasso do meus negros olhos. Incomodada não me olho. Ah, que importa um espelho, posso pintar meu olho, contonar meus lábios sem precisar de espelho. Eu até consigo dividir o cabelo, bem ao meio, estilo Yoko.
Eu ando fazendo um colorido onde não há. O espelho ingrato reflete impiedoso, o embasso do meus negros olhos. Incomodada não me olho. Ah, que importa um espelho, posso pintar meu olho, contonar meus lábios sem precisar de espelho. Eu até consigo dividir o cabelo, bem ao meio, estilo Yoko.
Busca
Terei eu o tamanho do que busco?
Mas, que busco eu afinal?
Enquanto caminho eu busco, dentro e fora de mim, algo que me faça pulsar, me tire da cara este ar quase patético. Vou refinar minhas idéias, pelo doce prazer de superar.
A busca fala como uma linguagem desconhecida. A busca não saí de mim. Ela está no velho, no novo, nas atitudes que tomo?
Tem ar matemático, mas sendo eu emoção porque razão eu não paro de pensar?
Mas, que busco eu afinal?
Enquanto caminho eu busco, dentro e fora de mim, algo que me faça pulsar, me tire da cara este ar quase patético. Vou refinar minhas idéias, pelo doce prazer de superar.
A busca fala como uma linguagem desconhecida. A busca não saí de mim. Ela está no velho, no novo, nas atitudes que tomo?
Tem ar matemático, mas sendo eu emoção porque razão eu não paro de pensar?
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Vem
Eu disse vem aqui...
Me abraça logo, me beija.
Fala baixinho no meu ouvido, diz que eu te aguço os sentidos. Diz poéticamente que o momento é veludo. Vem, diz que meu olhar te penetra, meu sorriso te alegra. Vem, diz tudo de uma só vez. Talvez eu acredite. No novo, de novo!!!
Me abraça logo, me beija.
Fala baixinho no meu ouvido, diz que eu te aguço os sentidos. Diz poéticamente que o momento é veludo. Vem, diz que meu olhar te penetra, meu sorriso te alegra. Vem, diz tudo de uma só vez. Talvez eu acredite. No novo, de novo!!!
Pintara
Ele nunca fora um esportista, embora magro andava sempre cansado. Dizem que já nascera assim....entretanto pintava como ninguém.
Seus quadros desconexos, representavam sua alma, poucos amigos, um homem só, de tela só, pincel só, só matizes...sem cor, com cor.
Ele não tinha dor. Havia dor, misturada sim com seu silêncio absurdo. Perdido na solidão, entre o banco e o cavalete!!!
Seus quadros desconexos, representavam sua alma, poucos amigos, um homem só, de tela só, pincel só, só matizes...sem cor, com cor.
Ele não tinha dor. Havia dor, misturada sim com seu silêncio absurdo. Perdido na solidão, entre o banco e o cavalete!!!
domingo, 22 de janeiro de 2012
No peito
Amanhã é domingo, nunca gostei de final de tarde de domingo. Aquela hora do entardecer quando o sol já vai partir.
Me dá um gosto na boca.
Um vázio no peito.
Um aperto na garganta. Fico meio assim, sózinha dentro de mim.
E, não importa nem mesmo, se tiver uma pessoa junto a mim.
Neste instante eu me esvazio....
Me dá um gosto na boca.
Um vázio no peito.
Um aperto na garganta. Fico meio assim, sózinha dentro de mim.
E, não importa nem mesmo, se tiver uma pessoa junto a mim.
Neste instante eu me esvazio....
Eu vou
Hoje eu vou dar uma saida, vou lá na avenida, ver se vida está correndo, vou andando para não cansar. Vou pronto para tudo, porque se der a largada vou correr desvairado...ando meio parado. Ando mais vendo, que fazendo, ando mais cansado que antes.
Ah, mas hoje eu vou...
Ah, mas hoje eu vou...
Sombras
A mulher repetia aos berros, saí daqui, eu não preciso de ti. A moradora do andar abaixo, ouve a batida da porta, o som forte provocado pelos passos rápidos do homem, e pensa, lá se vai ele, curiosa, saí rápido, há tempo de ver, o homem vestido com um belo suéter, alto, ombros largos, era tudo que ela pode ver. Entra, e silência, aproxima-se da janela aberta, ouve um som surdo, curiosa novamente, abre a janela. Lá abaixo, o corpo de sua vizinha...
Em desespero mais por si, fecha a janela, e chora convulsivamente. No ano que passou, a cena fora a mesma. Maldito prédio, maldito lugar. O amor por vezes tem cheiro de morte, deita no chão e ali adormece!!!
Em desespero mais por si, fecha a janela, e chora convulsivamente. No ano que passou, a cena fora a mesma. Maldito prédio, maldito lugar. O amor por vezes tem cheiro de morte, deita no chão e ali adormece!!!
Sinais....
Quando o trem parece que encarrilha, que pode fazer o percurso normal. Lá vem o passageiro indesejável, instala dentro da mente do maquista, o pensamento de mudar o rumo. O maquisnista entre a dúvida de repetir a rotina, alterar as paissagens de sempre, ainda lindas, conhecidas. Pega um novo caminho, supostamente maravilhoso... erra.
E, sem saber para onde ir, fica perdido. Quanto ao indesejável, alheio a tudo, permanece ali, perdido como sempre, e com ele todos que estão no velho e conhecido trem.
Cuidado sempre há placa de alertas, em todo trajeto!!!
E, sem saber para onde ir, fica perdido. Quanto ao indesejável, alheio a tudo, permanece ali, perdido como sempre, e com ele todos que estão no velho e conhecido trem.
Cuidado sempre há placa de alertas, em todo trajeto!!!
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Nó
Ás vezes dá um nó na minha cabeça. E quando desata faz sentido.
Estes nós fortes, não é corda de nó.
Deixa-me por vezes prisioneira, nas questões que logo se tornam tão pequenas.
Calma, eu vou indo deslaçando o que me laça, me prende, me sufoca, me entorta!!!
Estes nós fortes, não é corda de nó.
Deixa-me por vezes prisioneira, nas questões que logo se tornam tão pequenas.
Calma, eu vou indo deslaçando o que me laça, me prende, me sufoca, me entorta!!!
domingo, 15 de janeiro de 2012
Sortilégio
A bruxa implorara, para que a fantasmagórica fogueira não fosse acessa, nem assim os cristãos do lugarejo lhe deram ouvidos. Amarrada a bela bruxa, cala-se, seu olhar torna-se doce. Canta enquanto queima, entoando um hino de Amor!
O padre, amante desumano, possuído pelo ciúme, marcado pela dor, atira-se na fogueira que arde vermelha feito sangue espargindo a cor...
O padre, amante desumano, possuído pelo ciúme, marcado pela dor, atira-se na fogueira que arde vermelha feito sangue espargindo a cor...
Como é?
Eu posso mudar sim.
Caminhar por várias trilhas.
Quem disse que o tempo de minhas rugas, determinam a minha força?
Decidir, é ação solitária, eu traço, rabisco, pinto e bordo.
E, se ferir..é só á mim.
Meu é sinal verde!
Estou viva, a cada dia mais intensa, á cada década, mais inocente...
Eu sei renascer,mas você não!
Caminhar por várias trilhas.
Quem disse que o tempo de minhas rugas, determinam a minha força?
Decidir, é ação solitária, eu traço, rabisco, pinto e bordo.
E, se ferir..é só á mim.
Meu é sinal verde!
Estou viva, a cada dia mais intensa, á cada década, mais inocente...
Eu sei renascer,mas você não!
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Cidade
Momento de rara beleza, a visão daquela cidade, depois da destruição.
Amanheceu com todos os habitantes, entoando canções, recolhendo do chão o lixo.
A Esperança casou com a União, da soma nascera os filhos chamados de cidadãos da Boa Esperança!
Amanheceu com todos os habitantes, entoando canções, recolhendo do chão o lixo.
A Esperança casou com a União, da soma nascera os filhos chamados de cidadãos da Boa Esperança!
domingo, 8 de janeiro de 2012
Fora embora
Ele já não abria mais a velha e lateral janela, a marca do amor, ficou desenhada na parede...do lado de fora.
Azul
Indivísivel separar a visão da alma, impossível fazer que não se vê, o planeta mudar a geografia. Onde estava eu, quando nada fazia para preservar o lugar, dos filhos dos meus filhos. Onde estava insenta, quando nem sequer percebia, que tudo tem inicio, o meio não conta, mas o fim mata.
Antes e Agora
Sonhado lugar, eu á te esperar. Resolvi não entrar.
Hoje já posso optar, ferida a fera grita, não de dor, nem aflita.
Também não se agita.
A fera grita a liberdade da escolha!
Hoje já posso optar, ferida a fera grita, não de dor, nem aflita.
Também não se agita.
A fera grita a liberdade da escolha!
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Sobre o amor
Eu já pensei bem sobre tudo.
Estou novamente no salto alto, saia justa, boca bem desenhada, cabelo meio em desalinho, perfume amadeirado.
Na bolsa uma nova agenda, para anotar novos rumos, novos amores. Na mente razão, alma aberta para o amor, mas adotei o GPS.
Eu decido o caminho!!!
Estou novamente no salto alto, saia justa, boca bem desenhada, cabelo meio em desalinho, perfume amadeirado.
Na bolsa uma nova agenda, para anotar novos rumos, novos amores. Na mente razão, alma aberta para o amor, mas adotei o GPS.
Eu decido o caminho!!!
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Aos olhos de quem não vê...
A grande manchete exibia na capa, a estranha foto, de um laço de fita, desfazendo o nó...
Pensando o editor, resmunga. Mas, que droga de fotografia é essa?
Quem vai entender uma laço desfeito, numa época como esta?
A tiragem atingiu uma meta incalculável.
Sorrindo, o captador de alma, tinha focado sua lente, num laço de fita que prendia o cabelo de uma jovem, o nó desprendia-se, ao balançar da cabeça da garota.
Liberdade, essa era a mensagem!!!
Pensando o editor, resmunga. Mas, que droga de fotografia é essa?
Quem vai entender uma laço desfeito, numa época como esta?
A tiragem atingiu uma meta incalculável.
Sorrindo, o captador de alma, tinha focado sua lente, num laço de fita que prendia o cabelo de uma jovem, o nó desprendia-se, ao balançar da cabeça da garota.
Liberdade, essa era a mensagem!!!
Não...
Do primeiro dia sorri: ao primeiro não.
E, a este não calei como sempre fiz, bati forte o salto do sapato, gritei. Ficou ecoando minha voz de não conformidade.
Saí meio cansada, desajeitada, pelo esforço de mudar antigos costumes, mas feliz por me fazer ouvir.
Comecei bem.
Pensou a mulher que nasceu agora!!!
E, a este não calei como sempre fiz, bati forte o salto do sapato, gritei. Ficou ecoando minha voz de não conformidade.
Saí meio cansada, desajeitada, pelo esforço de mudar antigos costumes, mas feliz por me fazer ouvir.
Comecei bem.
Pensou a mulher que nasceu agora!!!
domingo, 1 de janeiro de 2012
365 dias
E, de tudo ficou um pouco, dos 365, ficaram cenas, como um filme passando toda a estória.
A mulher- menina, enquanto assistia relaxada, ora sorria muito, no segundo seguinte chorava.
Via-se correndo pernas finas, tranças no cabelo.O sol, a lua, aniversários, Natal, nozes, Grapette, Ano Novo lentilha, rotação 78, tocando sempre Il sole mio.
Casa enfeitada de margaridas, pinheiro gigante, bolas vermelhas, algodão nos galhos verdes, seus pais, e a boneca cabeça de cera e corpo de pano, tão linda...O tempo passou, não dói, ela descobre que é lindo ter um passado.
Viveu e isso é para sempre.
Amanhã a brisa sopra, a cidade continua a crescer, e ela é o registro da vida!!!
A mulher- menina, enquanto assistia relaxada, ora sorria muito, no segundo seguinte chorava.
Via-se correndo pernas finas, tranças no cabelo.O sol, a lua, aniversários, Natal, nozes, Grapette, Ano Novo lentilha, rotação 78, tocando sempre Il sole mio.
Casa enfeitada de margaridas, pinheiro gigante, bolas vermelhas, algodão nos galhos verdes, seus pais, e a boneca cabeça de cera e corpo de pano, tão linda...O tempo passou, não dói, ela descobre que é lindo ter um passado.
Viveu e isso é para sempre.
Amanhã a brisa sopra, a cidade continua a crescer, e ela é o registro da vida!!!
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