quarta-feira, 15 de maio de 2013

O encontro....

Lá estava a moça, depois do jogo poético da escrita, em presença por fim. 
E, tinha um estar a vontade meio inibidor, creio que por parte dela...
 É, por parte dela!
Há que beleza aquela parede, coberta de partituras, desenho da alma do artista. 
Enquanto ele se deslocava  pelo seu espaço, com seus pés descalços num contato total, liberal. 
Ela olhava, sua maneira leve se ser...
Sentada na sala, observava a cor vermelha, que vibrava pelo lugar.
O piano embora fechado, por segundos ela jurava ouvir som sair de dentro dele.
 Ah, aquele olhar...
Olhos desses, que parece ser de mel, que intriga, faz a pessoa querer mergulhar.
A moça desacostumada, com visitas da madrugada, apressou a saida...mesmo querendo ficar.
Enquanto Nana Caymmi, cantava suave pelo antigo vinil.
Deu um pulo a desavisada, como um gato, e quase fugiu do  abraço, quente e gostoso...