terça-feira, 16 de julho de 2013

Caminhada

Andou pela madrugada, sem cansaço, sem nada, andou como um andarilho pecador.
Vielas escuras, luzes nulas, escadas quebradas na ponta da descida da calçada.
 Garrafas vazias fazendo desenho no chão.
 O cara deitado no velho papelão, no chão... no chão.
Pernas cansadas, sem fala, sem nada, sem transpiração.
Quadro escuro!
 Pedra de sabão...  quase me leva para o chão.
Sem sonho, sem medo, devastada  missão.
Acabou a madrugada,  lua semi assanhada indo embora.
Melhor correr.
 O sol com a boca escancarada vomita brilho que cega, preciso correr, deitar na cama e não ver.

Nenhum comentário:

Postar um comentário