quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Voar

Num voo rasante, meu coração assustado continuava, na brincadeira perigosa do pássaro do lado. Ele alternava o voo, voava alto como se fosse, sair fora da esfera. Eu, num esforço supremo o alcançava.
Ali, estabilizava a sensação de voar juntos. Em um segundo, ele me olhava e descia vertiginosamente, numa queda livre, e sem pensar eu caia com ele. Um outro pássaro, vendo a dança da morte, juntou suas asas na minha, estabilizando-me a consciência, fez descer-me num lugar seguro.
Pousando, refleti. Nem para cima, nem para baixo, ele não decidiria mais. Eu não o seguiria.
Batendo suas asas fortes, ficou frente a frente comigo, seus olhos de rapina, já não me perturbavam mais.
Silenciosa voei só!!!

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