Era um lugar distante, onde camponeses inocentes, passaram suas gerações . No centro do vilarejo, se pode-se dizer, que existia centro num lugar tão pequeno, havia a capela, de uma simplicidade quase chorosa, era visitada diariamente, pela moça-menina, que adentrava pela porta da frente , aliás a única maneira cruzar a soleira.
Seus passos eram lentos,silenciosos.
O jovem padre com o coração disparado, fazia o sinal da cruz, mas era tentado pelo diabo.
Ela deslizava docemente e parava, quase aos pés da cruz.
Ele percebia a presença da jovem ruiva, abria os olhos, interrompia suas orações, suas mão tremiam segurando forte o crucifixo, cravando em suas mãos, num ato de castigo, sua mão sangrava. Ele como sempre, da posição de oração erguia-se, e em segundos, suas costas eram para a cruz, seus olhos a tentação.
Frente a frente, eles se olhavam, eram minutos de devoção, o silêncio tinha som, os batimentos do coração de ambos, poderiam ser ouvidos a retumbar por toda as paredes, era sempre assim..
O silêncio.
Mas ela logo após fazia o caminho de volta, lenta , silenciosamente.
Ele naquele dia, dera um passo, dois, três, já podia sentir a respiração dela. Mudos deram as mãos, seus lábios suavemente tocaram-se, mas tão leve era aquele beijo, que neste segundo eles souberam que o amor, estava ali.
Ela saí correndo, lágrimas, descem daquela rosto inocente. Na manhã seguinte, o velho carro do jovem padre tinha partido. Sua noite, um turvelhinho, entre Deus e o diabo. No primeiro banco da paróquia, uma carta escrita por ele, destinava-se ao povo do vilarejo dizia:
Parti por amor...
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