quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

De um salto

 Na cama, a mulher observava, no canto de sua boca a umidade de gosto estranho, 
não tinha cheiro de sangue, mas podia ver... o vermelho, através do velho espelho manchado. 
Não fez um gesto, não gritou, não chorou, pegou a taça e entornou o resto do que sobrou.
Quem estava ali? 
Ah, isso já não importava, a grana esta sob o criado mudo, sujo imundo, cupinzado.
Levantou de um salto, passou o dedo na boca, molhado de saliva, apagou o sangue... a marca, o sangue...
 

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