segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Rasgou

Rasgou a noite, a mão que mata.
 Rasgou a alma, que liberta.
Rasgou o bilhete de informação.
Rasgou rindo a madrugada, sem exigir nada.
 Rasgou o jornal.
Rasgou a roupa da depravada.
 Rasgou o riso na cara lavada!

Relógio

Corre anda, mas que lerdo são teus passos.
 Me aborreço e daqui a pouco eu não faço.
Deixo no teu nado, no rio turbulento quase parado, no traço cinza, que desenhou para ti.
Que descompasso, que tenho com isso.
Relógio parado, dois tempos.... dois traçados.

Lá... tinha um poço, desses artesiano.
 Guardava água potável... gelada.
Num piscar içada foi a corda, o balde subiu vazio.
Nem morta foi a sede, garganta na seca.
Engoli assim, o que suponha que descia um caminho....quase natural.